BAHIA
Pediatra pode ter sido morto após alertar possível abuso sexual a criança
Por Da Redação
O pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, de 44 anos, morto dentro da clínica particular onde trabalhava na última quinta-feira, 23, no município de Barra, no oeste da Bahia, pode ter sido assassinado por denunciar a uma família a possibilidade de uma criança ter sofrido abuso sexual. A informação compartilhada pelo irmão da vítima, o cirurgião-dentista Lula Teixeira ao G1.
"Apareceram muitas conversas aqui que estão investigando para realmente saber o que aconteceu. Teve essa conversa de que a criança chegou molestada e ele falou que tinha que ir para Irecê [cidade no centro-norte da Bahia], que Irecê que tinha o departamento para investigar, ver direito, né? Mas isso tem um tempo, porque ele como médico tem por obrigação ver uma questão dessa e alertar a mãe e o pessoal para procurar a polícia", disse Lula Teixeira em entrevista ao G1.
O pediatra foi morto dentro seu consultório por um homem que invadiu o local usando um capacete e disparou diversos tiros. Júlio César foi baleado na cabeça, tórax, pescoço e braço. Durante o crime, uma criança e sua mãe estavam no local. Profissionais da clínica de saúde também presenciaram o homicídio.
Segundo a Guarda Municipal de Barra, um comparsa do autor dos disparos aguardou do lado de fora e, após o crime, fugiram em uma moto.
Ao Portal A TARDE, a Polícia Civil informou que equipes da DT/Barra estiveram em campo para apurar o caso. Segundo o órgão, testemunhas estão sendo ouvidas e as imagens das câmeras de segurança devem contribuir com a investigação do caso.
Imagens de câmeras de segurança registraram a ação. No vídeo é possível ver o homem de capacete invadindo o local e os pacientes que aguardavam correndo após os disparos.
"Os colegas todos estão sem acreditar, sem saber o porque, estão aparecendo muitas conversas, mas a polícia está investigando para saber o que aconteceu", contou o irmão da vítima.
Júlio César foi enterrado na manhã desta sexta-feira, no Cemitério de Xique-Xique, cidade onde ele nasceu e morava. O pediatra atendia em pelo menos cinco cidades da região, além da capital baiana.
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