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PROJETO

Pesquisadoras da Bahia desenvolvem curativo sustentável

Biocurativos com nanopartículas de própolis auxiliam no tratamento de lesões na pele

Por Da Redação

25/04/2022 - 20:27 h
Pesquisadora Patrícia Fonseca e sua orientadora Neila Pereira desenvolveram projeto
Pesquisadora Patrícia Fonseca e sua orientadora Neila Pereira desenvolveram projeto -

A pesquisadora Patrícia Fonseca e sua orientadora Neila Pereira desenvolveram um projeto de biocurativos com nanopartículas de própolis incorporadas a subprodutos naturais para auxiliar no tratamento de lesões na pele.

Contemplada pelo Edital Inventiva, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), entidade vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a iniciativa surgiu a partir da necessidade de tratamentos alternativos e eficazes para terapias de lesões cutâneas crônicas, como feridas em diabéticos, úlcera de decúbito e queimaduras, por exemplo.

“Pensamos na associação da própolis com outros subprodutos naturais que geralmente são descartados, gerando assim um material sustentável de alto impacto”, afirma Patrícia. A pesquisadora destaca que alguns tipos de curativos disponíveis no mercado possuem tempo de regeneração epitelial longo e custo alto. “Nosso tratamento é inovador, capaz de solucionar problemas estruturais em algumas terapias ou até mesmo potencializar o efeito de outras e com isso propor novas pesquisas através da associação de materiais já existentes que atuam individualmente em processos terapêuticos que envolvam ações antibacteriana, anti-inflamatória e cicatrizante”, acrescenta.

O tratamento de feridas demanda uma série de cuidados, além de ser oneroso por necessitar de trocas sucessivas de curativos. “Quando estes pacientes se encontram internados, levam mais tempo sob cuidados profissionais e riscos de outras infecções. Desta forma, é salutar desenvolver uma terapia mais racional e acessível para todo tipo de paciente, tanto pela necessidade terapêutica quanto pelo baixo custo na sua aquisição”, diz a pesquisadora.

Atualmente cursando o mestrado em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação na Universidade Federal da Bahia (Ufba), Patrícia desenvolve o projeto em parceria com a professora Neila de Paula Pereira, doutora em Ciências Farmacêuticas na área de insumos, medicamentos e correlatos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Com apoio da Fapesb, do Sebrae e do CNPq, o projeto também tem como parceiros o Laboratório de Pesquisa em Medicamentos e Cosméticos (Lapemec – Ufba), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Laboratório de Farmacologia e Terapêutica Experimental (Lafte).

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