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BAHIA

Poço encantado é fechado por tempo indeterminado

Por Edson Borges, da Sucursal Feira de Santana, do A TARDE

17/11/2007 - 19:53 h

Além das queimadas e da longa estiagem, a interdição da gruta do Poço Encantado já começou a prejudicar o turismo na Chapada Diamantina. O caso está na Justiça e não há uma perspectiva de quando um dos principais atrativos naturais da região será reaberto à visitação pública.

O Ibama alerta que o descumprimento à legislação ambiental, em especial a Portaria 15/2001, que regulamenta o uso turístico das cavernas da Chapada Diamantina, poderá levar ao fechamento de outros empreendimentos turísticos na área do Parque Nacional da Chapada Diamantina, o que provocaria um grande prejuízo ao setor turístico no Estado da Bahia.

De acordo com estimativas do Ibama, que decidiu pela interdição, o Poço Encantado recebe, anualmente, a visita de 12 mil a 15 mil turistas. A gruta fica localizada no município de Itaetê, nas proximidades de Lençóis, Andaraí e Mucugê, os mais procurados pelos turistas. “O Poço Encantado é, sem dúvida, a principal atração da Chapada. É o principal interesse do turista, que complementa a visita com outros atrativos”, avalia o empresário do ramo hoteleiro Neilson Neiva Santana, dono da Pousada Ecológica, em Andaraí.

A gruta foi interditada pelo escritório regional do Ibama há uma semana. Para se ter uma idéia do que ela representa para o turismo, o guardião do local, Miguel Jesus da Mota, disse que, nesse período, já teve um prejuízo que varia de R$ 3 mil a R$ 5 mil. Ele cobra R$ 10 por cada visitante. “Não houve um aviso de que a gruta seria interditada, então muitos turistas vieram de longe e não puderam fazer a visita. Quando a notícia se espalhar mais, com certeza outras excursões serão canceladas”. As visitas ao Poço Encantado estão proibidas depois de uma ação conjunta do Ibama e do Parque Nacional da Chapada Diamantina, em razão de denúncia do Centro Nacional de Estudo, Pesquisa e Manejo de Cavernas (Cecav). Miguel construiu alguns degraus, com tijolos e cimento, no interior da gruta, alegando que pretendia evitar acidentes.

ACIDENTES – “Somente este ano, tivemos três acidentes, porque a trilha usada pelos visitantes dentro da gruta está com um trecho bastante desgastado, inclinado, fazendo com que as pessoas torçam os pés. Um dos turistas chegou a quebrar o tornozelo. Além disso, algumas pessoas cansam demais e desmaiam”, argumenta Miguel. Por ter feito os degraus sem a autorização do Ibama, o guardião do Poço Encantado está sendo acusado na Justiça de crime ambiental e também recebeu multa no valor de R$ 50 mil.

Miguel alega, ainda, que fez “apenas uns degraus provisórios, que podem ser retirados a qualquer momento”, porque o plano de manejo de cavernas do Cecav vem se arrastando desde 2001. O Ibama garante que o plano está quase pronto e, no caso do Poço Encantado, está sendo feito gratuitamente para que sirva de referência. Esta é a segunda vez que Miguel Mota faz alterações na gruta não permitidas pelo Ibama. Na primeira, em 2000, ele substituiu os lampiões a gás por lâmpadas alimentadas por energia solar. O órgão ambiental impôs a retirada, porém não houve nenhuma punição.

O chefe do escritório regional do Ibama, situado em Seabra, Wanderley Rosa Matos explica que a Portaria 15/2001 é uma espécie de constituição que regula o uso das cavernas da Chapada Diamantina para o turismo, visando a preservação ambiental. Ela nasceu de uma discussão Centro Nacional de Estudo, Pesquisa e Manejo de Cavernas (Cecav) com os próprios guardiões das grutas. “Tendo em vista o descontrolado uso turístico e o avanço da degradação ambiental nas cavidades naturais subterrâneas da região, foi realizado o I Encontro Técnico para Regulamentação do Uso Turístico de Cavernas da Chapada Diamantina, em 2000, resultando nesta portaria”, explicou Wanderley Matos.

Para evitar que ocorra a interdição de outros atrativos naturais da Chapada Diamantina, o chefe regional do Ibama informa que está sendo providenciada uma reunião entre o Cecav, o Ibama, Bahiatursa e representantes de empreendimentos turísticos da região. “O objetivo é encontrar caminhos que possam resultar na elaboração dos Planos de Manejo Espeleológicos, documento necessário para o licenciamento ambiental do uso das cavernas”, frisou.

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