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Promotor Everardo Yunes e esposa movimentaram mais de R$ 11 milhões, aponta relatório da Operação Kauterion

Por Da Redação

14/09/2021 - 18:46 h | Atualizada em 14/09/2021 - 18:56
Yunes foi afastado do exercício das funções públicas pelo período de um ano | Foto: Lenielson Pita
Yunes foi afastado do exercício das funções públicas pelo período de um ano | Foto: Lenielson Pita -

O promotor de Justiça Everardo Yunes e sua esposa, a advogada Fernanda Manhente, movimentaram mais de R$ 11 milhões em menos de um ano, aponta um Relatório de Inteligência Financeira no âmbito da “Operação Kauterion”, deflagrada na manhã desta terça-feira, 14, na região metropolitana de Salvador. O casal é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente tentar extorquir uma empresária da região de Camaçari.

Yunes foi afastado do exercício das funções públicas pelo período de um ano e está proibido de acessar dependências do Ministério Público do Estado da Bahia (MPE-BA), conforme determinação do desembargador Mario Hirs, da Seção Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A advogada Fernanda Manhete, esposa do promotor, também recebeu as mesmas sanções. As investigações são conduzidas pelo MPE-BA, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).

De acordo com as investigações, o casal teria movimentado os valores entre 05/12/2018 e 27/11/2019, o que foi classificado como “completamente descompassante” e incompatível com os ganhos de Everardo enquanto promotor de Justiça. No período entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2020, foram registradas movimentações financeiras de R$ 448,8 mil em 55 transações creditadas, em depósitos em espécie, totalizando 50,46% (R$ 111.899,00), Os valores, segundo as investigações, foram creditados por empresas do ramo imobiliário da região de Camaçari, nos períodos em que Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) foram efetuados com as empresas.

O promotor é acusado de tentar extorquir a empresária Adriana Cunha, ao propor uma denúncia pela prática de delitos contra a administração pública e associação criminosa, enquanto era responsável pela 6ª Promotoria de Camaçari. A esposa do promotor teria sido contratada por Adriana para intermediar o arquivamento da denúncia. A empresária teria informado ao MP que a esposa do promotor teria lhe exigido pagamento de quantias sob o argumento de que, caso não ocorresse, Everardo Yunes deflagraria medidas de busca e apreensão contra ela.

A empresária, então, apresentou denúncia contra Everardo e sua esposa ao MPE-BA, quando foi solicitada a quebra de sigilo do casal. Segundo as investigações, foi constatada a existência de três contas bancárias de Fernanda Manhente Marques, com registro de transações por empresas com atuação no ramo imobiliário da região que tinham procedimentos ministeriais que tramitavam na 5ª Promotoria de Justiça de Camaçari, representadas pelo promotor Luciano Pitta.

A operação

Na manhã desta terça-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e local de trabalho da advogada e do promotor, com o objetivo de coletar documentos indicativos de associação entre os investigados, bem como de corrupção e de ocultação de bens, além de mídias de armazenamento e aparelhos celulares.

As medidas foram deferidas pela Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com base nas provas apresentadas.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional da Bahia (OAB-BA), participa da deflagração da operação, pois que buscas relacionadas a advogados devem ser acompanhadas pela entidade de acordo com o estatuto.

Em nota assinada pelo presidente da entidade na Bahia, Fabrício Castro, a OAB-BA afirma que apoia uma investigação profunda e rápida das condutas apontadas.

"Consideramos inaceitável a corrupção no Judiciário, no Ministério Público. Quem da advocacia de alguma forma participar deve também sofrer as consequências. Vamos pedir acesso aos autos e encaminhar ao Tribunal de Ética da OAB, que adotará todas as medidas cabíveis para apuração rigorosa de eventuais condutas incompatíveis com a advocacia", diz o documento.

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