ARRAIÁ SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO
Catadores de Materiais Recicláveis aprovam a Vila Junina de Paripe
O espaço vai funcionar até a segunda-feira, 24
Por Da Redação
A novidade dessa 3ª edição do projeto Arraiá Sustentável e Solidário é a Vila Junina de Paripe, montada na Rua da Estação. Essa é a primeira vez que a iniciativa coordenada por 12 cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis de Salvador e pela ONG CAMA é realizada no Subúrbio da capital baiana. O espaço vai funcionar até a segunda-feira, 24, último dia de festejos junino no bairro.
"As expectativas são muito boas. Está atendendo os catadores e catadoras do Subúrbio, no Subúrbio é muito bom. E, além de ajudar eles, ainda evitamos que esses materiais vão parar no mar, na nossa linda praia de Tubarão. Nesse caso, todos saem ganhando. O meio ambiente e a economia circular", enfatizou Genivaldo Ribeiro, coordenador da Cooperguary.
Seu José Carlos Anunciação é aposentado, mas, há 10 anos, trabalha reciclando materiais para complementar a renda da família. Morador de São Tomé de Paripe, ficou sabendo do Arraiá Sustentável e Solidário, quando passava pelo local e aproveitou para se cadastrar.
"Passei aqui de manhã, ainda estava montando. Aí voltei agora para me cadastrar. É muito bom ter um lugar certo para vender nossos materiais. Os que temos por aqui (ferros velhos) pagam pouco e ainda têm as balanças que não são muito confiáveis", disse o senhor, demonstrando satisfação. Os amigos Moelson Silva e José Carlos Oliveira também são moradores do Subúrbio. Para eles, a ação chega em um bom momento, já que vão trabalhar nos três dias da festa e ainda iam procurar um lugar onde pudessem vender os materiais por um preço justo.
"Aqui está ótimo. Enquanto em muitos lugares querem pagar R$3,00 na latinha (quilo), aqui está pagando R$6,00. Para mim, esse projeto é 100%", afirmou o segurança desemprego Moelson Silva.
Além da Vila Junina de Paripe, outras duas centrais montadas no Parque de Exposições e no Pelourinho, no Largo da Tieta, estão acolhendo esses profissionais. Até 2 de julho, Dia da Independência do Brasil, na Bahia, 560 catadores e catadoras de materiais recicláveis, entre autônomos e cooperativados, serão beneficiados pelo projeto. Entre a sexta-feira, 21, e o sábado, 22, quase duas toneladas e meia de resíduos, entre latinhas de alumínio, garrafas PET's, plásticos e papelão, descartados irregularmente foram coletados nos três pontos de festa.
A expectativa é retirar do meio ambiente cerca de 12 toneladas de materiais recicláveis. O Projeto O Arraiá Sustentável e Solidário é uma iniciativa que tem como objetivo auxiliar, acolher e dar dignidade aos profissionais da reciclagem, durante os dias os festejos de São João, na capital baiana. Para auxiliar esses trabalhadores, três Vilas Juninas dos Catadores (as) de Materiais Recicláveis foram montadas no Parque de Exposições, no Pelourinho (Largo da Tieta) e pela primeira vez em Paripe, na Rua da Estação. Nesses espaços, aos serem cadastrados os catadores recebem uma mochila contendo uma calça, uma blusa, um par de luvas, um par de botas e uma capa de chuva. Nas Vilas, os trabalhadores também podem comercializar todo o material coletado.
O quilo da latinha de alumínio está sendo vendido a R$6,00, o da garrafa PET, a R$1,00, e do plástico, a R$0,50. Cada catador que conseguir alcançar a meta de 15 quilos de plástico e PET vai recebe uma bonificação de R$30,00, além do valor do quilo do material recolhido. Além dos catadores e catadoras, um grupo de costureiras, que integram o Costura Solidária Sustentável, também estão sendo beneficiadas pelo projeto. Foram elas as responsáveis por produzir as mochilas feitas com banners de lona vinílica que seriam jogados no lixo.
As cooperativas Coocreja, Cooperbari, Cooperguary, Caec, Canore, Camapet, Crun, Cooperes, Canarecicla, Cooperbrava, Cooperlix, Coleta Cidadã e a ONG CAMA integram o Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia. A ação conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia (SEMA, SEDUR e SETRE) e do MPT-BA, Secis, Limpurb, Voluntárias Sociais da Bahia e MPBA.
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