SE LIGUE
Mulheres respondem como os homens devem 'chegar' nelas nas festas
Linha tênue entre paquera e assédio deve ser levada a sério
Por Felipe Sena
Alguns influenciadores digitais têm feito conteúdo nas redes sociais sobre homens que sentem receio de 'chegar' numa mulher numa festa ou em 'tirá-la' para dançar. Nesses vídeos, diversos homens comentam que não conseguem fazer isso, pois as mulheres sempre acham que é assédio.
Mas afinal, qual o limite entre a paquera e o assédio? O Portal A TARDE entrevistou algumas mulheres que estiveram no Parque de Exposições durante o São Pedro na noite deste domingo, 30 e elas responderam como um homem deve 'chegar' nelas durante uma festa.
As estudantes de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades Eduarda Moraes e Aline Sousa, de 20 anos, afirmam que a educação é fundamental. "Ser educado, perguntar se a mulher aceita dançar ou não", dizem.
Para a vendedora Cecília Nogueira, de 39 anos, o homem não deve importunar as mulheres. "Se a gente falar que não quer, não é pegar a pessoa. Chegar pra dançar, se chegar no clima. Não pegar a pulso pra beijar".
O que eles pensam
O produtor audiovisual Marcos Paixão diz que é tímido para paquerar alguma mulher nas festas. "Eu fico com o pé atrás porque hoje em dia é diferente, não é que tudo seja assédio, mas é preciso ter cuidado".
Marcos também mandou um recado para os homens. "Já passou o tempo, a gente tem se policiado mais em pegar na mão, no braço, pra dançar. Até para dançar tem que ter cuidado". Segundo ele é melhor manter contato visual para depois convidar para dançar.
O motorista de aplicativo Alberto Santos, de 24 anos, diz que só paquera se for correspondido. "Quando eu chego na mulher e vejo que ela está interessada, se ela der uma olhada, eu chamo para dançar. Se não corresponder, eu deixo quieto".
Medida contra assédio no São João
Durante o São João da Bahia, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-BA) realiza em Salvador e no interior da Bahia, a campanha "Oxe, Me Respeite!".
Desde o primeiro dia de festa, em 12 de junho, estão sendo distribuídos materiais informativos sobre a violência contra a mulher e os canais de denúncia. Os agentes públicos também foram capacitados para atuar nos festejos.
Como reconhecer o assédio?
O assédio pode vir de diversas formas, entre eles estão olhares e comentários de conotação sexual que deixam a vítima desconfortável. Confira abaixo:
1- Contato física não correspondido, como toques, beijos, carícias, tapas e abraços.
2- Comentários e observações insinuantes sobre a aparência físico ou sobre a personalidade da pessoas assediada.
3- Olhares ou gestos de natureza que causam desconforto.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes