SÃO JOÃO
'Príncipe Maluco': "A galera quer tomar dez, vai dar PT", diz vendedor
Bebida soteropolitana, segue atraindo público no Parque
Há quem diga que o segredo do 'príncipe maluco' deve ser guardado a sete chaves. A bebida, pouco querida por algumas autoridades, que chegam a proibir a comercialização em eventos, segue atraindo público no São Pedro do Parque de Exposições.
Heraldo Barbosa circula pelo parque com seu carrinho e conta que o grande problema da bebida é o consumo exagerado.
"O grande problema é que o príncipe maluco é cachaça e a galera quer tomar dez, vai dar PT. Tudo na vida se ingerir demais vai dar PT. Cerveja, whisky... Tinha um cara aqui que disse que tomou 16. São 220ml de cachaça", conta ele.
Segundo ele, o 'príncipe' enfrenta resistência por ser um produto artesanal com naturalidade soteropolitana.
"O príncipe é uma bebida que só existe na Bahia. Vendo na UFBA, vendo em festas. O problema é que o príncipe é o shot baiano. Tem lugar que é coquetel, na Bahia é o 'príncipe'".
Ele avalia que as vendas estão mais tímidas, apesar deste penúltimo dia estar apresentando desempenho melhor.
"Acho que o público não veio em peso. Hoje está até melhor. A gente esperou que enchesse no sábado, mas acho que muita gente viajou, é uma festa cara, gasta em casa, gasta na rua e dinheiro não é elástico, acaba".
Heraldo afirma que a bebida enfrenta atualmente a mesma resistência que o licor, que também já chegou a ser proibido por ser um produto de produção artesanal.
"Como se proíbe licor, são bebidas artesanais. Hoje em dia salvador, a Bahia, só querem bebidas industrializadas. O príncipe começou a ser feito em casa e ganhou as ruas. Você não encontra quentão em produção em escala".
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes