BAHIA
Semana do meio ambiente: mesa debate insegurança jurídica e desenvolvimento sustentável
Por Da Redação

Em continuidade à programação da Semana do Meio Ambiente, o Grupo A TARDE promoveu, nesta terça-feira, 8, a mesa-redonda virtual “Insegurança jurídica como impedimento ao desenvolvimento sustentável”, que reuniu especialistas de diferentes áreas para debater o tema.
Com a mediação do jornalista Osvaldo Lyra, o evento contou com a participação de Juliana Ray, coordenadora de Licenciamento Ambiental da Suzano, Georges Humbert, presidente do Instituto Brasileiro de Sustentabilidade (Ibrades), Leandro Mosello, advogado especialista em Direito Ambiental, e Eduardo Athayde, diretor da WWI no Brasil.
A pauta das mudanças climáticas foi central nas discussões da mesa. O papel de destaque do Brasil no cenário mundial em relação ao combate às efeitos do aquecimento global foi exaltado.
“Tivemos recentemente a Cúpula do Clima e lá apresentamos vários elementos que revelam nosso protagonismo positivo. Contribuímos muito pouco para o aquecimento global. Pelo contrário, trabalhamos muito contra os efeitos das mudanças climáticas. Esse protagonismo ficou evidenciado. O agronegócio brasileiro segue alimentando o mundo cada vez mais e ocupando menos espaço, com menor impacto ambiental”, afirmou o advogado especialista em Direito Ambiental, Leandro Mosello.
Outro ponto importante foi o papel das empresas na mitigação dos efeitos que causam as mudanças climáticas. De acordo com o diretor da WWI no Brasil, Eduardo Athayde, o desenvolvimento sustentável tornou-se uma “agenda forte” no setor empresarial.
“Tivemos ganhos ambientais enormes, isso é um ponto importante e deve ser comemorado. O mundo e as grandes corporações têm ganhado muito com essa nova agenda. É um tema muito atual, muito falado por toda as empresas que fazem o cenário brasilero e mundial”, disse.
Para o professor e presidente do Instituto Brasileiro de Sustentabilidade (Ibrades), Georges Humbert, a preservação ambiental deve caminhar junto com desenvolvimento econômico e social.
“Não existe meio ambiente sem ser humano e não existe vida digna sem economia e sem o aspecto social, de emprego, de renda, de moradia, etc. Então é preciso formar uma equação, que não é de divisão nem de subtração, mas de soma. É preciso fazer convergir o interesse da economia, do progresso social e da preservação ambiental”, defendeu.
“Sempre que houver uma norma jurídica que repreenda o econômico e o social e supervalorize o ambiental em detrimento do social e do econômico, eu vou estar violando a base jurídica que é compartilhada por todo o mundo evoluído”, completou o professor.
A coordenadora de Licenciamento Ambiental da Suzano destacou que a empresa vem seguindo uma agenda ambiental com o intuito de criar uma agenda positiva.
“O desenvolvimento sustentável envolve três pilares: o econômico, o meio ambiente e o social. Essa harmonia é que faz o desenvolvimento sustentável ser a grande chave para todos os negócios. A gente busca em nossas ações esses pilares, a gente tem aí todas nossas ações colocadas nessa agenda, seja nos processos de licenciamento, com interface com as comunidades, com o desenvolvimento econômico das comunidades que a gente está instalado, e o desenvolvimento ambiental”, avaliou.
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