OPERAÇÃO NO CONJUNTO FEMININO
Suspeita de liderar comércio ilegal dentro de presídio é transferida
Com ameaças, mulher vendia refeições fornecidas pelo Estado e até os colchões onde as detentas dormiam
Por Da Redação
Uma interna do Conjunto Penal Feminino, na Mata Escura, em Salvador, foi transferida do Complexo, suspeita de comandar espancamentos e liderar o comércio ilegal no local. Segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Aldacy Santos Souza, conhecida como Sady, era o alvo prioritário da operação de transferência, que ocorreu na madrugada da quarta-feira, 19.
Conforme a Seap, Sady foi presa em 2017 e é uma das poucas lideranças femininas no estado com poder de comando de facção. Ela teria herdado a chefia do tráfico de drogas na região de Feira de Santana, com a morte do companheiro, Ronilson Oliveira de Jesus, conhecido como "Rafael", também em 2017, em um confronto com a polícia. Rafael integrava o Baralho do Crime, na carta Valete de Ouro.
Sady, investigada por extorsão e ameaça de morte às servidoras e internas do Conjunto Feminino, é suspeita de comercializar ilegalmente as refeições fornecidas pelo Estado e até os colchões onde as detentas dormiam. Segundo relato das detentas, na falta de dinheiro para pagar pelo comércio ilegal, as presas eram punidas com violência e ameaça de morte que se estendia aos familiares fora dos presídios.
Além dela, outras 16 internas foram transferidas, sendo três investigadas por estarem a mando de Sady. Dando sequência à estratégia de ações semanais no combate ao crime organizado dentro dos presídios, foram realizadas também operações de revista no Complexo da Mata Escura.
Cinco facas, sete celulares, nove carregadores, duas tesouras, um fone de ouvido, seis cabos USBs, dois chips, 596 gramas de maconha e 50 gramas de cocaína foram apreendidas durante a ação.
Juazeiro
A revista aos internos também ocorreu no Conjunto Penal de Juazeiro (CPJU). Nas celas do Pavilhão B e Módulo 1 da unidade, foram apreendidos 18 celulares, sete chips, 14 carregadores, 10 fones de ouvidos, quatro cabos USBs, comprimidos diversos, três anzóis, uma chave de fenda e 17,6 gramas de cocaína e 14 gramas de maconha.
Conforme a Seap, em Juazeiro também foram realizadas transferências estratégicas para desarticular o crime organizado dentro e fora dos presídios do Estado.
As duas operações contaram com equipes da força especial e táticas da Seap e SSP.
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