BRASIL
Abraji homenageia legado de Tim Lopes em podcast
A história do jornalista Tim Lopes, assassinado em 2002 durante o exercício da profissão, será contada em quatro episódios do podcast "Jornalismo sem trégua", da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O podcast estará disponível nas plataformas digitais a partir deste sábado, 21.
De acordo com Angelina Nunes, coordenadora do programa "Tim Lopes" da Abraji, o podcast começa a ser contado pela voz dos jornalistas que acompanharam o caso. "Ao longo dos episódios falamos sobre a investigação, o julgamento e a prisão de Elias Maluco. Também falamos sobre as reuniões do sindicato e as mudanças que ocorreram na cobertura de matérias policiais, principalmente no Rio de Janeiro. No último episódio falamos sobre o legado de Tim Lopes", explica.
Ao todo foram 12 pessoas entrevistadas, são elas o filho Bruno Quintela, Sérgio Ramalho, Ana Cláudia Costa, Rosental Alves, Vera Araújo, Mônica Puga, Elenilce Bottari, Che Oliveira, Aziz Filho, Marcelo Soares, Marcelo Beraba (criador e ex-presidente da Abraji) e Tânia Lopes, a irmã de Tim Lopes. Através desses depoimentos a equipe compôs a narrativa. A produção e execução do podcast são compostas por quatro mulheres: a reportagem, narração e edição foram feitas por Angelina Nunes, já a produção e a identidade visual foram feitas por Bruna Lima, estagiária do programa. E a edição de áudios foi feita por Amanda Mira e Maíra Alfradique da Agência Miragem.
Outros projetos
Neste ano além de acompanhar os casos de jornalistas assassinados no exercício da profissão, perto do Carnaval, Angelina e o jornalista Sérgio Ramalho foram para a fronteira com o Paraguai para investigar a morte do jornalista Léo Veras, que foi morto em Pedro Juan Caballero. Além disso, o programa "Tim Lopes" produziu uma série de vídeos no Youtube com dicas para jornalistas. Também foram feitas lives quinzenais entrevistando jornalistas que sofreram ameaças e estiveram em situações de falta de segurança enquanto apuravam matérias.
O programa também lançou um documentário de 10 minutos sobre jornalismo na fronteira.
Relembre o caso
O jornalista Tim Lopes desapareceu no dia 2 de junho de 2002, enquanto fazia uma reportagem sobre o abuso de adolescentes e tráfico de drogas em um baile funk da Vila Cruzeiro, localizado na Penha, no Rio de Janeiro. De acordo com testemunhas, Tim Lopes foi sequestrado, torturado e executado por traficantes comandados por Elias Pereira da Silva, chamado de Elias Maluco.
O corpo de Tim Lopes foi carbonizado em uma fogueira de pneus. Nos restos mortais, os técnicos identificaram o DNA de outras três pessoas que também foram vítimas do tráfico. Sete suspeitos do crime foram presos e levados a julgamento em 2005. Elias Maluco foi preso em setembro de 2002, 109 dias após o homicídio.
Podcast está disponível a partir do dia 21 de novembro:
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