BRASIL
Administradora pede falência da empresa de transportes Itapemirim
Gestores acusaram a família que controlava o grupo e o ex-gestor de utilizarem recursos para benefício próprio
Por Da Redação

As administradoras do Grupo Itapemirim pediram a falência da empresa de transportes. O pedido foi protocolado pela EXM Partners e pelo escritório Mandel Advocacia no Tribunal de Justiça de São Paulo, na última sexta-feira, 15.
Segundo informações do g1, a administradora diz que o processo de recuperação da empresa foi "conturbado desde seu nascedouro", além de um "completo caos". O documento afirma ainda que as trocas de controle acionário entre Sidnei Piva, afastado em fevereiro, e Camila de Souza Valdívia prejudicaram a gestão profissional. Os dois teriam recebido milhões da empresa por negociações societárias e contratos duvidosos.
Também foi citado "um altíssimo número de incidentes", entre eles, a contestação de pagamentos já determinados pela justiça, e o atraso de outros, aumentando a dívida do grupo.
Os gestores acusaram a família Cola, que controlava o grupo, e o ex-gestor Sidnei Piva de utilizarem recursos da empresa para benefício próprio. Eles dizem que as saídas do caixa são maiores que a entrada.
"As Recuperandas se consideraram ‘autorizadas’ a investir em uma companhia aérea, nascendo de tal iniciativa a trágica história da ITA Linhas Aéreas, cuja operação perdurou pouco mais de 6 meses, consumiu R$ 42 milhões de recursos do Grupo Itapemirim (dinheiro que pertencia, inicialmente, aos credores), lesionou milhares de consumidores e trabalhadores, o que gera, até hoje, um passivo judicial inestimável", diz o documento.
O pedido protocolado fala sobre um pagamento de R$ 1,5 milhão para uma outra empresa em recuperação judicial por uma compra que nunca ocorreu. A empresa também foi acusada de não prestar contas do fluxo financeiro, demitir mais de 90% dos funcionários e não pagar os que ainda estão atuando, gerando uma greve dos trabalhadores.
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