Além do céu: Pesquisadores comentam sobre possível vida extraterrestre

A grande dúvida pelo o que existe além do planeta Terra desperta o fascínio e a curiosidade de milhares de pessoas ao redor do mundo, principalmente pesquisadores. Assim surgiu a Ufologia, um estudo dos fenômenos relacionados aos objetos voadores não identificados (OVNIs) e possíveis interações com seres extraterrestres, que reflete e discute sobre os mistérios do universo.

No dia 24 de junho, é celebrado o Dia Mundial da Ufologia, data criada em 1947 como referência a um avistamento de objetos não identificados pela primeira vez, através do piloto Kenneth Arnold, em Washington. Na ocasião, foram registradas muitas observações de OVNIs em vários países, incluindo no Brasil. Desde então, o caso chamou a atenção da opinião pública e levou algumas pessoas a investigar o tema por conta própria, dando origem à Ufologia.

Ufólogo, escritor e conferencista, Jackson Luiz Camargo pesquisa fatos ufológicos, misteriosos e sobrenaturais, com viés científico, desde 1997. O profissional é especializado na análise da relação entre governos mundiais e o fenômeno OVNI e documentos oficiais governamentais gerados sobre o tema.

Em entrevista ao Portal A TARDE, Jackson explica que a probabilidade de haver vida fora da terra é um grande debate, principalmente no meio científico. Este grupo leva em conta estudos como o do astrônomo Frank Drake, que indica a possibilidade de existir milhares de civilizações inteligentes em nossa galáxia.

“Outros estudos limitam apenas em 36 civilizações inteligentes na nossa galáxia. No meio ufológico, a certeza de que existe vida inteligente extraterrestre é total, e essa certeza se apoia no estudo sistemático de milhares de casos sólidos, documentados e estudados pela Ufologia ao longo da história”, destaca.

Os relatos de casos ufológicos no Brasil chegaram a ser registrados em vários anos diferentes, ficando entre os melhores a nível mundial, segundo Jackson. A Operação Prato, no norte do Pará, em 1977, chama atenção pela agressividade das aparições, que resultou em algumas mortes.

“Outro caso importante ocorreu no dia 19 de maio de 1986, com aparição de dezenas de OVNIs sobre o Brasil, surgindo em 10 estados brasileiros e Distrito Federal, observados por milhares de pessoas por umas 13h. Cerca de 21 destes objetos foram captados por radares e perseguidos por caças da Força Aérea Brasileira (FAB), um deles tinha 1.500 metros de comprimento”, descreve.

O ufólogo contou também sobre um dos casos mais interessantes que aconteceu na Bahia, na região rural de Feira de Santana. Houve uma queda de um OVNI e, logo depois, a aparição de dois tripulantes do objeto. “Eles teriam sido recolhidos por militares do exército brasileiro”, ressalta.

Em meio a tantos relatos, houve ainda um acontecimento chamado “A Noite Oficial dos OVNIs”, que ocorreu na noite do dia 19 de maio de 1986, quando dezenas de OVNIs surgiram sobre 10 estados brasileiros e Uruguai, sendo avistados por milhares de pessoas.

Conforme Jackson comentou, a maioria dos objetos tinha em torno de 100 metros de diâmetro e, um deles, tinha um tamanho estimado em 1.500 metros, avistado a partir do solo, em diferentes cidades, pessoas em embarcações na costa brasileira, além de ser captado por radares e avistado por pilotos em voo.

“As manifestações duraram em torno de 13h e foram acompanhadas pela Força Aérea Brasileira, Exército e Marinha. Cinco caças armados foram enviados para identificar estes objetos, mas não foi possível identificar sua natureza. O que surpreendeu neste caso é que dias depois, a Força Aérea Brasileira reconheceu os fatos perante a imprensa e colocou cinco pilotos militares envolvidos. É o caso mais testemunhado da história, com maior área de abrangência e, possivelmente também, aquele com a maior duração entre todos os casos registrados pela Ufologia Mundial”, relata.

Ainda que a vida extraterrestre seja um assunto temido pela sociedade, as autoridades também buscam evitar o caos social com uma possível revelação abrupta. De acordo com Jackson, meios religiosos como o evangelismo, islamismo e terraplanismo, seriam os mais impactados. Ele levantou a questão geopolítica como outro aspecto a sofrer impacto também.

“O país que mais conhecimento tiver sobre estes fenômenos, ou porventura obtiver a tecnologia por trás dele, terá ganhos tecnológicos militares decisivos. Teria ainda um terceiro aspecto, que é o econômico. A confirmação de que existe vida extraterrestre e que sua tecnologia poderia impactar nossos modos de produção, levaria a um caos econômico gigante, com a quebra de grandes empresas, principalmente aquelas ligadas ao setor de energia. Isso acabaria gerando demissões em massa e impacto direto na economia de todos os países”, diz.

Ana Santos, pesquisadora, coordenadora geral da Universidade Livre de Educação Cósmica (Unikósmica) e presidenta do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), em Salvador, acredita que a humanidade não foi educada para aceitar a existência de vida fora da terra.

“O medo do desconhecido impede qualquer caminhar. Outro ponto que interfere nesse reconhecimento é o medo da perda de poder, a partir do estabelecimento de um paradigma extraterrestre”, comenta.

Os estudos ufológicos demonstram que os possíveis alienígenas são cientistas, que buscam estudar tanto a ecologia, ecossistema, solo, água e atmosfera, quanto a própria humanidade, cultura, tecnologia, fisiologia e emoções, afirmou o ufólogo.

“Não há nenhum indicativo de que estejam planejando invadir nosso planeta, ou nos escravizar, pois com a tecnologia que possuem, isso poderia ser feito de forma rápida e facilmente”, completa.

Já para a pesquisadora Ana Santos, há possibilidades de cooperação para evolução terrestre, como também dominação do planeta. “Assim como na Terra, onde existem vários níveis de evolução, assim é no espaço. Uns cooperam com a evolução, outros desejam dominar”, conclui.

Centro de Estudos Exobiológicos Asthar Sheran

Em Salvador, há um centro de estudos ufológicos, o CEEAS, fundado desde 1973 pelo baiano Paulo Fernandes (1948-1981), tendo como cofundadora sua mãe, Maria Consuelo Landulfo Fernandes.

É uma instituição de utilidade Pública, sem fins lucrativos, de caráter filosófico, científico e espiritualista, que acolhe visões de livres pensadores voltadas para o bem comum. O CEEAS foi fundado a partir de uma série de contatos (ocorridos desde 1969, nos níveis físico e telepático) de Paulo Fernandes com Asthar Sheran, proveniente do planeta Methária (Alfa do Centauro). O centro é presidido desde 1986 pela pedagoga e pesquisadora Ana Santos.

De acordo com Ana Santos, o CEEAS tem como finalidade também,difundir a paz, as corretas relações humanas e a relação saudável do ser humano consigo mesmo e com o meio ambiente, respeitando a vida e a diversidade.

Unikósmica

A Universidade Livre de Educação Cósmica (Unikósmica) é um programa educacional focado na transmissão de conhecimentos com base em três pilares: a humanidade, a natureza e o cosmos. O projeto foi lançado em 2008, redimensionando a proposta de sua instituição mantenedora, o Centro de Estudos Exobiológicos Asthar Sheran.