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Alexandre Pires é alvo de operação contra garimpo em Terra Yanomami

Empresários e cantor são suspeitos de ter recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora

Publicado segunda-feira, 04 de dezembro de 2023 às 17:19 h | Atualizado em 05/12/2023, 13:58 | Autor: Da Redação
A ação é um desdobramento das investigações iniciadas em janeiro de 2022
A ação é um desdobramento das investigações iniciadas em janeiro de 2022 -

O cantor Alexandre Pires e empresários são alvos de uma ação da Polícia Federal (PF), suspeito de receber R$ 1 milhão de reais de uma mineradora investigada na Operação Disco de Ouro. A ação busca desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

Ao todo, são cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, inclusive em seu cruzeiro, em Santos. As medidas também foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista e Mucajaí, em Roraima, além de São Paulo (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). Também foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.

A organização teria o envolvimento de Matheus Possebon, famoso empresário do ramo musical. Ele seria suspeito um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes.

A ação é um desdobramento das investigações iniciadas em janeiro de 2022 quando foram encontradas em uma empresa investigada 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Indígena Yanomami. Elas estariam sendo preparadas para remessa ao exterior.

Ao todo, são cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão
Ao todo, são cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão |  Foto: Divulgação/PF

“O inquérito policial indica que o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da TIY, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), e supostamente transportado para Roraima para tratamento. As investigações apontam que tal dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima”, aponta a PF.

Na operação foram identificadas transações financeiras que ligavam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.

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