BRASIL
André Rebouças entra para o livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Engenheiro baiano é reconhecido pela luta contra a escravidão no Brasil
Por Da Redação
O engenheiro baiano e articulador abolicionista André Pinto Rebouças foi eternizado no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. A Lei nº 15.003, que oficializa a homenagem, foi publicada na quinta-feira, 17, no Diário Oficial da União (DOU). Ela foi sancionada pelo presidente Lula (PT).
“Rebouças foi, além de um engenheiro brilhante, uma pessoa incansável, que lutou pela liberdade e dignidade do nosso povo. Sua visão, que trouxe a abolição, também defendia a justiça agrária, abrindo caminho para um futuro de igualdade”, afirmou a prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga (PT).
De acordo com a gestora, “hoje, a memória de André Rebouças ecoa como um símbolo de resistência e transformação, eternizada entre os grandes heróis do Brasil. Nós, cachoeiranos, honramos sua história e seguimos seus passos na luta por um país mais justo.”
André Pinheiro Rebouças foi o primeiro engenheiro negro brasileiro. Também era inventor e teve papel decisivo na articulação do abolicionismo. Nasceu em Cachoeira, na Bahia, em 13 de janeiro de 1838. A família dele era próxima à família real brasileira. Ele foi amigo da princesa Isabel.
Na campanha pela abolição, ajudou a elaborar a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, que pôs fim ao regime escravagista no Brasil, em 1888. Rebouças também desenvolveu um projeto educacional para os trabalhadores negros, mas isso nunca foi adotado. André Rebouças era monarquista e partiu para o exílio, em Paris, junto com a família real, após a Proclamação da República.
Desgostoso, deixou a França e foi viajar pela África. Ele morreu em Funchal, na ilha da Madeira, em 1898, aos 60 anos. As causas da morte não são conhecidas.
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