RECORDAR É VIVER
Anos 2000: marcas que sumiram e você nem percebeu
De gigantes do varejo a doces nostálgicos, relembre as marcas que fizeram sucesso
Por Isabela Cardoso

Nos últimos anos, marcas que marcaram gerações e estiveram presentes no dia a dia de milhões de brasileiros simplesmente desapareceram. Algumas dominaram o varejo, outras viraram símbolo de momentos afetivos, como festas de aniversário, idas ao supermercado ou a compra do primeiro celular. Mas, pouco a pouco, saíram de cena.
O desaparecimento dessas marcas não foi obra do acaso. Por trás delas, há histórias de crises financeiras, mudanças no comportamento de consumo, fusões mal sucedidas e a chegada de novos concorrentes que transformaram o mercado. Em alguns casos, até mesmo gigantes do setor não resistiram às pressões econômicas e às novas exigências do público.
Essas ausências deixaram um vazio no imaginário coletivo. Para muitos, são lembranças de uma época específica, carregadas de nostalgia. Para outros, representam o fim de produtos e experiências que pareciam insubstituíveis.
10 marcas que sumiram e você não percebeu
Insinuante
Na Baixa dos Sapateiros, esquina com o Largo do Pelourinho, ficava a primeira loja da Insinuante em Salvador, inaugurada no início dos anos 1980. Fundada em 1953, no Recife, a rede chegou a atuar em nove estados do Nordeste e liderar o segmento de eletrodomésticos. Em 2010, se uniu à Ricardo Eletro para tentar reverter a crise, mas, em 2016, a marca desapareceu de vez.

Ricardo Eletro
Fundada em 1989, a Ricardo Eletro chegou a ter mais de mil lojas e faturamento anual de R$ 10 bilhões. A partir de 2015, enfrentou dificuldades financeiras, agravadas pela prisão do fundador, Ricardo Nunes, por suspeita de sonegação fiscal. Com a pandemia em 2020, fechou todas as lojas físicas e demitiu milhares de funcionários. Hoje, opera apenas como marketplace online.

Sony Ericsson
A Sony Ericsson operou por 11 anos, com modelos que marcaram os anos 2000, especialmente entre os jovens, graças ao design moderno e recursos inovadores. O W380 trouxe comandos do player de música para o visor externo, enquanto o W200 ficou conhecido como um celular-walkman.
Em 15 de fevereiro de 2012, a parceria chegou ao fim: a Sony comprou a parte da Ericsson e passou a operar apenas com sua marca, enquanto a empresa sueca retornou aos seus outros negócios em tecnologia.

BlackBerry
Conhecida por celulares com teclado físico e pelo estilo que marcou o mundo corporativo, a BlackBerry teve início em 1984 como Research in Motion (RIM). Entrou no mercado de hardware em 1996, mas suas dificuldades começaram em 2007 com a chegada do iPhone.
Em 2016, a BlackBerry parou de fabricar seus próprios dispositivos, licenciando-os para a TCL até 2020. Em 2017, a marca praticamente saiu do mercado, e em janeiro de 2022 o suporte aos seus aparelhos foi descontinuado.

Bompreço
Com mais de 200 lojas em sete estados, o Bompreço era sinônimo de supermercado no Nordeste. Fundado em 1954, foi adquirido pelo Carrefour em 2011 por R$ 7 bilhões. A marca desapareceu e as unidades foram convertidas ao longo dos últimos anos para Carrefour ou Atacadão, encerrando uma era para os consumidores fiéis.

Refrigerantes Caçulinha
Presente em aniversários e lancheiras, o Caçulinha Schin tinha embalagens com personagens da Cartoon. A linha, fabricada pela Brasil Kirin, foi descontinuada após a aquisição da empresa pela Heineken, que enxugou o portfólio e eliminou marcas como Skinka e Pitchulinha.

Guarda-chuvinha de chocolate Pan
Clássico das festas infantis, o guarda-chuvinha de chocolate da Pan tinha embalagem metalizada e formato único. O produto sumiu após a falência da Chocolates Pan, que também encerrou outros itens marcantes do portfólio.

Lápis de cor de chocolate Pan
Outro sucesso da Pan, os chocolates em formato de lápis de cor vinham em estojos que imitavam material escolar. Eram coloridos, colecionáveis e irresistíveis, mas deixaram de ser produzidos com o fim da empresa.

Push Pop
O pirulito retrátil que fez sucesso nos anos 90 e 2000 marcou época com suas embalagens coloridas e sabores variados. Apesar da popularidade, saiu de linha.

Confeti, da Lacta
Concorrente direto do M&M’s, o Confeti da Lacta foi produzido por mais de 20 anos. Em 2016, a empresa anunciou a descontinuação, deixando saudade nos consumidores.

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