OPERAÇÃO GANÂNCIA
Auxílio emergencial foi pago a garimpeiros que movimentaram R$ 16 bi
Garimpeiros e familiares lavam dinheiro através de empresas e ostentam vida de alto padrão
Por Da Redação
Garimpeiros presos pela Operação Ganância, da Polícia Federal, no início de julho por lavagem de dinheiro e participação em uma organização criminosa estavam na lista de beneficiários do governo federal e recebiam o Auxílio Emergencial, criado para transferência de renda a pessoas em situação de vulnerabilidade social. As informações são do portal Metrópoles.
Os beneficiados foram Dionei Farias de Brito e Marcelo Alves Macedo, que receberam, respectivamente, R$ 4,2 mil e R$ 1,2 mil do benefício. O grupo criminoso que eles fazem parte teria movimentado mais de R$ 16 bilhões entre 2019 e 2021 em garimpo ilegal de ouro. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), porém, concedeu habeas corpus aos investigados.
Além disso, a Polícia Federal também apurou o pagamento do auxílio a familiares e laranjas dos empresários, o que reforça a tese de que essas pessoas foram usadas para lavar dinheiro.
Marcelo Macedo é CEO da Instruaud e sócio da Aud-Vidas Assessoria na Área da Saúde e de uma rede de panificadoras em Porto Velho (RO). De acordo com a PF, as empresas estariam sendo usadas para lavar dinheiro do garimpo ilegal de ouro. Somente uma das companhias dele movimentou cerca de R$ 7,7 milhões em um único ano.
Também se beneficiou do auxílio emergencial Karine Gomes Macedo, esposa de Marcio Macedo, irmão de Marcelo Macedo e dono da mineradora Gana Gold. Ele é apontado como um dos mentores intelectuais da organização criminosa. Karine recebeu R$ 4,2 mil do benefício, diz o relatório da PF.
Marcio Macedo tem uma mansão com heliponto em Novo Progresso (PA), além de jatinhos, helicópteros, lanchas e pick-ups importadas – como uma Dodge Ram avaliada em R$ 400 mil. O casamento dele contou com a participação das duplas Bruno e Marrone e Jads e Jadson.
Gerlandio Alves de Macedo, irmão de Marcio e Marcelo, também foi beneficiado com o auxílio, em R$ 3,9 mil. No total, a PF identificou que 12 pessoas citadas nas investigações receberam o auxílio emergencial
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