BRASIL
Balão ergue moto, capota carro e cai sobre imóveis em São Paulo
Motocicleta ficou presa em fiação elétrica na zona leste de São Paulo
Um balão carregou uma moto até as fiações de um poste na zona leste de São Paulo na madrugada desta segunda-feira, 22.
O dono da motocicleta, Kauê Ribeiro, de 20 anos, chegou a registrar o fato. Ele notou a moto na fiação 3h30 da madrugada.
O balão passou por sua casa e uma das cordas dele acabou se enroscando na motocicleta. O carro da mãe de Kauê ainda foi atingido pela motocicleta. Ele acabou capotando e atingindo o automóvel de um vizinho. A declaração foi dada para a CNN Brasil.
Uma moto foi parar na fiação elétrica de um poste em São Paulo! E deu um trabalhão tirá-la de lá. Esse foi só um dos estragos provocados por um balão gigantesco. pic.twitter.com/zq5Lrw6WMj
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) July 22, 2024
Pedido de ajuda
Kauê disse que o veículo era seu instrumento de trabalho. Ele atua como motoboy. A mãe do jovem também utilizava o carro para trabalhar.
Balão capota um carro e deixa uma moto presa em meio aos fios , e vários bairros sem energia na zona leste pic.twitter.com/DUOpqSIfIa
— Jonatas Junior (@jonatasfjunior) July 22, 2024
Prejuízos
Sete bairros da região ficaram sem luz: Itaquera, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí, Vila Carmosina, Vila Progresso e Vila Ré. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 3h para apagar um princípio de incêndio numa residência. Ninguém ficou ferido.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), soltar balões é crime previsto na Lei 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, ou multa de, no mínimo, R$ 10 mil, devido ao risco que oferecem, já que são feitos com material inflamável, podendo causar incêndios quando caem.
Segundo o delegado João Blasi, da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, a Polícia Civil já realizou diversas operações contra a soltura de balões. Normalmente a prática aumenta nos meses como junho e julho, por causa das festas de São João.
"Quem solta não tem ideia das consequências que isso pode gerar", ressalta, ao lembrar dos riscos que ainda causa à aviação. "Imagina o piloto estar decolando e, do nada, se deparar com um artefato desses. Vira um momento de tensão", disse.
A Polícia Militar Ambiental também tem trabalhado no combate a esse tipo de crime. Só na sexta-feira (19), 12 fábricas clandestinas de balões foram fechadas pelas equipes durante a Operação Guardião das Florestas.
Segundo a SSP, desde janeiro de 2024, os Bombeiros atenderam 15 ocorrências de incêndio causadas por quedas de balões. Desde junho até o momento, foram 8 casos. Já a Polícia Militar Ambiental apreendeu 35 balões até o momento.
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