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Bolsonaro critica desaparecidos na Amazônia por "aventura"
Presidente ainda afirmou que indigenista e repórter podem ter sido executados
Por Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira, 7, que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do The Guardian, podem ter sido executados. Eles estão desaparecidos desde o último domingo, 5, quando retornavam da comunidade São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte, na Amazônia.
Além de apontar uma possível execução do indigenista e do jornalista, sem mencionar possíveis responsáveis, Bolsonaro os criticou pela expedição, o que classificou como "aventura". A dupla viajava a trabalho e realizava uma investigação para um livro em conjunto.
“O que nós sabemos, até o momento, é que no meio do caminho (eles) teriam se encontrado com duas pessoas, que já estão detidas pela Polícia Federal, estão sendo investigadas. E realmente duas pessoas apenas num barco, numa região daquela, completamente selvagem, é uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer. Pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados. a gente espera e pede a Deus para que sejam encontrados brevemente”, afirmou Bolsonaro, em entrevista ao SBT News.
Os dois homens não são vistos desde a manhã de domingo. Eles haviam "recebido ameaças na semana (anterior) ao seu desaparecimento", revelou em nota a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja).
Em comunicado divulgado na manhã desta terça-feira, 7, o Ministério das Relações Exteriores disse que a Polícia Federal e a Marinha estão tomando “todas as providências” para localizar Pereira e Dom o mais rapidamente possível. O Itamaraty observou, ainda, que tomou conhecimento do assunto “com grande preocupação”.
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