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Bruno chegou a revidar após primeiro tiro, mas arma não foi encontrada

Superintendente da Polícia Federal no Amazonas deu informação em entrevista a uma emissora de rádio

Publicado quarta-feira, 22 de junho de 2022 às 09:07 h | Autor: Da Redação
Bruno Pereira morreu ao ser baleado na cabeça
Bruno Pereira morreu ao ser baleado na cabeça -

O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Fontes, disse nesta terça-feira, 21, em entrevista à rádio Gaúcha, de Porto Alegre, que relatos colhidos nas investigações indicam que o indigenista Bruno Pereira chegou a realizar cinco disparos após ser atingido pelo primeiro tiro.

Segundo ele, a partir do momento em que Bruno recebeu o segundo disparo, a lancha em que viajava com Dom ficou desgovernada e, dessa forma, a pistola de Bruno possivelmente caiu no rio. "Quando leva o segundo tiro, a embarcação se perde. Ele avança no barranco com muita força e nesse momento, provavelmente, a arma foi para o rio, porque ela não foi encontrada", afirmou.

"As armas foram jogadas ao rio, segundo eles [os suspeitos]. E o Bruno também tinha uma pistola, a vítima tinha porte de armas. Ela chegou a disparar, segundo eles, cinco vezes em direção a eles depois que ele leva o primeiro tiro", completou em outro momento. De acordo com o delegado, as informações foram colhidas nos depoimentos de suspeitos de participação no crime. No entanto, não foram detalhados os suspeitos que fizeram esse relato, mas a PF já informou antes que Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, contou que Bruno respondeu aos disparos.

Bruno e o jornalista britânico Dom Phillips foram mortos na região do Vale do Javari (AM), num crime que jogou pressão sobre o governo Jair Bolsonaro (PL) por evidenciar o cenário de conflito ambiental na Amazônia e de insegurança de lideranças que atuam na defesa de indígenas.

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