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Caminhoneiros debocham de proposta de auxílio do governo Bolsonaro

Os representantes dos caminhoneiros fizeram duras críticas a proposta do governo federal

Publicado quarta-feira, 22 de junho de 2022 às 08:04 h | Atualizado em 22/06/2022, 08:05 | Autor: Da Redação
Os caminhoneiros mantêm a reivindicação de que o governo adote medidas que estabilizem o preço do combustível
Os caminhoneiros mantêm a reivindicação de que o governo adote medidas que estabilizem o preço do combustível -

Em busca de soluções para não deixar o Brasil mergulhar em uma crise em ano eleitoral, o governo Bolsonaro tenta agradar os caminhoneiros, que ameaçam uma paralisação nacional por conta dos seguintes aumentos do valor do diesel. A nova ideia federal foi de fornecer aos profissionais um auxílio mensal de R$ 400 para ajudar com o abastecimentos dos veículos. No entanto, de acordo com a coluna de Chico Alves, no UOL, os caminhoneiros debocharam da proposta, que foi chamado de "esmola". 

Os representantes dos caminhoneiros fizeram duras críticas a proposta do governo federal. Líderes da classe argumentam que o valor é irrisório e está longe de ser suficiente para melhorar a vida dos motoristas. 

"Ontem o governo federal recebeu R$ 8,8 bilhões dos lucros da Petrobras, os acionistas receberam R$ 24 bilhões. Agora, Bolsonaro me vem com a proposta de R$ 400 de voucher para os caminhoneiros", diz Chorão. "Lira tem que procurar algum amigo que seja transportador para se informar se isso vai fazer algum efeito para a categoria. É uma esmola", disse à coluna o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão.

Os caminhoneiros mantêm a reivindicação de que o governo adote medidas que estabilizem o preço do combustível nos postos, como a criação de um fundo para amortecer os aumentos e o fim da Paridade dos Preços de Importação (PPI).

"O governo está brincando com a categoria, já que R$ 400 hoje não dá nem para 100 litros de diesel, nem cobre os pedágios de uma viagem", reclama Dias. "Eles (integrantes do governo) estão totalmente fora de noção sobre o que é o transporte rodoviário. Enquanto o presidente Bolsonaro não ouvir os legítimos caminhoneiros que desde 2021 tentam avisar que a nossa situação está cada vez mais precária, não vai chegar a lugar algum", tambem falou à coluna Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).

A proposta

Nesta semana, o governo Bolsonaro e o Congresso decidiram criar um auxílio de R$ 400 mensais para caminhoneiros autônomos e ampliar o vale-gás, em resposta ao reajuste nos preços da gasolina e no óleo diesel anunciado na semana passada pela Petrobras. As informações foram divulgadas por integrantes do Parlamento e do Executivo.

As duas medidas devem ser incluídas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em discussão no Senado. Elas foram idealizadas para tentar reduzir o preço dos combustíveis driblando as restrições impostas pela lei eleitoral, que impede a criação e a ampliação de programas sociais em ano de eleição.

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