BRASIL
Ceará cria comissão para tentar intermediar fim do motim de policiais
Por Karine Melo | Agência Brasil
![Decisão foi tomada após reunião no Ministério Público do Estado | Foto: Jarbas Oliveira | AFP](https://cdn.atarde.com.br/img/2020/02/1200x720/exercito-ceara_2020226201939563-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2F2020%2F02%2Fexercito-ceara_2020226201939563.jpg%3Fxid%3D4505279%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1738866350&xid=4505279)
Uma comissão para buscar uma solução que ponha fim à paralisação de parte dos policiais militares do Ceará foi definida nesta quarta-feira, 26. Os nomes foram definidos após uma reunião na sede do Ministério Público do Estado (MPCE), que sugeriu a criação do grupo. Além do procurador-geral do estado, Juvêncio Viana, farão parte da comissão, o deputado estadual Evandro Leitão (PDT), o corregedor-geral, desembargador Teodoro Silva Santos e o procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro.
Conversa
Pelo twitter, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, deputado José Sarto (PDT-CE), afirmou que “a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) buscará interlocutores com o movimento”. A avaliação das autoridades é de que há necessidade de abrir canal de conversa com os policiais, mas sem recuar de punições já determinadas pelo comando da Polícia Militar.
A comissão também não deverá negociar os termos da proposta de reajuste que já havia apresentada pelo governo do estado e, segundo o governador Camilo Santana, havia sido negociada e aceita por dirigentes de associações de militares e parlamentares ligados à categoria. O soldo de um soldado, hoje de R$3,2 mil, passaria a ser R$ 4,5 mil até o final de 2022.
Assassinatos
Até a meia-noite às 23h59 de segunda, 24, ao menos 170 pessoas foram assassinadas no Ceará desde o início do motim, no último dia 19. Os registros abrangem homicídios dolosos (quando o assassino age com a intenção de matar), feminicídios e latrocínios (furto seguido de morte).
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará disse que, por uma questão de “estratégia de segurança”, não divulgará mais balanços de mortes durante o motim que hoje completa nove dias.
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