ALTOS REPASSES
Chefe do Exército recebe R$ 770 mil após assumir cargo
Tomás Paiva recebeu valores a título de indenizações por direitos de militares após ser nomeado por Lula
![Pagamentos se referem a ajudas de custo e indenizações trabalhistas relacionadas aos 42 anos de serviço na carreira militar](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/1200x720/Artigo-Destaque_01225962_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01225962_00.png%3Fxid%3D5785406%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721873561&xid=5785406)
Um total de R$ 770 mil só entre os meses de fevereiro e março deste ano. Este foi o valor que o comandante do Exército brasileiro, general Tomás Ribeiro Paiva, recebeu referentes a ajudas de custo e indenizações trabalhistas relacionadas aos 42 anos de serviço na carreira militar. A revelação foi feita pelo jornal "Folha de S. Paulo".
A reportagem apontou que os repasses foram feitos por intermédio de três ordens bancárias emitidas entre os dias 6 de fevereiro e 27 de março. Os pagamentos foram feitos após Tomás Paiva ser confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no comando do Exército.
De acordo com a Folha de SP, o primeiro pagamento foi no valor de R$ 388,9 mil, uma semana após a nomeação. O valor foi referente a indenizações por férias não gozadas em 2019, 2020, 2021 e 2022 e uma licença especial antiga, a qual dava direito a seis meses de férias a cada dez anos. A regra, derrubada no início deste século, previa o pagamento do salário em dobro referente a esses seis meses caso o militar optasse por não tirar o descanso.
O outro pagamento feito a Tomás Paiva foi de R$ 304,1 mil, e foi referente a ajuda de custo paga aos militares brasileiros que vão para a reserva remunerada, que equivale oito vezes o salário bruto. Um terceiro pagamento teve o valor de R$ 77 mil aos cofres públicos e se deu em razão de Tomás Paiva ter se mudado de São Paulo para Brasília.
O Exército informou por intermédio do Centro de Comunicação Social, que "no caso em questão, se oficial-general indicado para o cargo de comandante de respectiva força estiver na ativa, vai ser transferido para a reserva remunerada, quando empossado no cargo". Por isso, de acordo com a força, os pagamentos estão todos dentro das previsões legais.
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