LEVANTAMENTO
CNM aponta falta de vacinas em 2/3 das cidades brasileiras
Pesquisa foi feita via call center da própria instituição de 29 de novembro a 12 de dezembro de 2024
Por Da Redação
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A Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgou uma pesquisa, a qual aponta a carência de vacinas do calendário nacional de imunização, como catapora, Covid-19 e coqueluche.
O Ministério da Saúde discordou dos resultados e afirmou ter garantido atendimento a 100% das necessidades de todas as vacinas do calendário básico, exceto nos casos de desabastecimento global, que ocorreram por “problemas pontuais”. O órgão não afirma se o desabastecimento acontece por problemas de gestão dos governos locais.
De acordo com a confederação, a pesquisa foi realizada por intermédio do call center da própria instituição entre 29 de novembro e 12 de dezembro de 2024. De acordo com a CNM, 65,8% de um total de 2.895 municípios analisados relataram ausência de imunizantes e que os resultados do levantamento refletem o “cenário do momento da pesquisa”. No caso da catapora, 1.516 municípios analisados (52,4%) citaram a falta da vacina.
O Ministério da Saúde informou que existe escassez mundial de matéria-prima, porém assegurou ter garantido todas as doses necessárias do imunizante após a contratação de 3 fornecedores. Para 2025, o órgão garantiu que eventuais problemas vão ser solucionados ao longo do 1º semestre.
Em 2º lugar, está a vacina para Covid-19 em adultos, ausente em 736 municípios (25,4%), com média de 45 dias sem disponibilidade.
O Ministério da Saúde declarou que ter distribuído 3,7 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 aos Estados, das quais 503 mil foram efetivamente aplicadas, o que, de acordo com o órgão, indica suficiência de doses em nível estadual. Para 2025, o ministério afirmou ter reforçado os estoques dos imunizantes.
Em 3º lugar, está a insuficiência da vacina tríplice, contra coqueluche, diferia e tétano, relatada em 520 municípios (18% do total pesquisado). Ainda de acordo com a CNM, o imunizante estava em falta em média há 60 dias nos municípios afetados. Em 2024, os casos de coqueluche subiram quase 2.000% em relação a 2023, com 4.395 registros até 27 de novembro, a maioria, no Paraná. No acumulado do ano, há 17 mortes, das quais 16 foram crianças de menos de 1 ano.
A pesquisa mostra ainda insuficiência de: vacina meningocócica C, contra a meningite do sorogrupo C, indisponível em 375 cidades (12,9%); tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela, indisponível em 337 municípios (11,6%); febre amarela, indisponível em 280 municípios (9,7%). O Ministério da Saúde informou ter estoques suficientes para os próximos 6 meses das vacinas contra a meningite e a coqueluche.
Em relação aos Estados e regiões mais afetadas, Santa Catarina continua liderando a escassez de vacinas, com 199 dos 230 municípios que responderam à pesquisa (87% do total) relatando falta de vacinas. Em seguida, está o Ceará, com 51 dos 59 municípios analisados (86%), o Espírito Santo, 38 dos 45 respondentes (84%), e Minas Gerais, com 412 dos 496 respondentes (83%).
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