TRAGÉDIA
Criança de 2 anos morre após ser esquecida dentro de van escolar
Menino Apollo Gabriel Rodrigues morreu após ficar 8 horas no veículo em dia de alta temperatura
Por Da Redação

Um menino de 2 anos foi encontrado morto dentro de uma van escolar na cidade de São Paulo, nesta terça-feira, 14. O garoto estava sendo levado à escola onde estudava, na Vila Maria, bairro da zona norte da capital, quando foi esquecido no veículo.
Na manhã desta quarta-feira, 15, o motorista Flávio Robson Benes, 45, e a esposa Luciana Coelho Graft, 44, responsáveis pelo transporte escolar, que faz parte do programa gratuito da prefeitura, foram presos em flagrante, autuados por homicídio doloso. No entanto, a Justiça concedeu liberdade provisória aos dois.
O casal vai precisar cumprir medidas cautelares para se manter em liberdade. Eles estão proibidos de retomar o trabalho de transporte escolar de crianças e adolescentes, tiveram a habilitação suspensa e estão proibidos de ter contato com familiares da vítima. Além disso, precisam se apresentar ao juiz mensalmente e não podem sair da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia, entre outras obrigações.

Entenda
Apollo Gabriel Rodrigues foi pego em casa pelo casal por volta das 7h para ser levado à creche, mas ficou esquecido dentro do veículo em um estacionamento. A criança ficou ao menos oito horas na van escolar. O menino só foi encontrado por volta das 15h30 quando o motorista voltou ao veículo e o achou trancado, em um dia com alta temperatura.
Segundo a Secretaria de Seguraça Pública, a criança estava desmaiada e foi encaminhada ao hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde foi confirmada a morte.
O casal foi levado para a delegacia. Graft disse que estava com enxaqueca e mal-estar e isso pode ter comprometido sua atenção. A função da mulher é cuidar das crianças durante o transporte e fazer a checagem da lista das pessoas transportadas.
“Eu nunca pensei em passar por isso. É muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele está seguro e fui trabalhar. Sempre eu chegava e meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava. Eu nunca mais vou ver ele”, disse Kaliane Rodrigues, mãe de Apollo, à TV Globo.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação declarou lamentar o ocorrido e que presta apoio aos familiares. “A Diretoria Regional de Educação acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem, composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família.”
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