Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

BRASIL

Defesa civil estoura asilo clandestino em Paulínia (SP)

Por Agencia Estado

28/06/2007 - 6:49 h

Uma denúncia anônima possibilitou a Defesa Civil de Paulínia, na região de Campinas, interior do Estado de São Paulo, a estourar, no final da tarde de ontem, um asilo clandestino montado nos fundos de um sobrado na região central da cidade. Os dois responsáveis por manter um grupo de idosos em condições quase que subumanas, Edielci Ambrósio de Souza e Evandro de Oliveira Menezes, poderão ser indiciados por estelionato e maus-tratos.

No imóvel, localizado na altura do nº 131 da Rua Dom João Nery, no bairro de Nova Paulínia, foram encontrados oito idosos: Francisco Roberto, de 94 anos; Aparecida Conceição Silva Dib, de 78; Valter de Souza Pição, de 54; Cláudio Daniel Vieira, de 56; Vicente Rodrigues Gomes de Souza, de 55; Calzira Pereira Abreu, de 70, além de Benedito Funbela e Amanda Cristina da Silva Rizze, cujas idades não foram divulgadas.

O asilo improvisado funcionava em uma edícula de um sobrado que estava interditado pela Defesa Civil devido a rachaduras na estrutura. O local também tinha barreiras para os idosos, como uma escada circular de ferro com pequenos degraus, pelos quais só é possível passar uma pessoa por vez. No quarto onde estava Calzira, havia ainda um senhor que não conseguia falar nem parar em pé, que não recebia nenhum tipo de assistência. O quarto estava com as janelas fechadas e havia forte odor de urina.

Segundo a assistente social do Centro de Ação Comunitária de Paulínia (Caco), Márcia Gonçalves Ribeiro, a edícula não tem a mínima condição de abrigar ninguém. A proprietária do imóvel, Lairte da Conceição Joaquim, explicou que alugou a edícula para Evandro pois não sabia que o imóvel seria usado para essa finalidade. Ela ainda alegou que somente a frente estava interditada e pensou que poderia alugar a parte de trás; já Evandro garante que informou Lairte sobre suas intenções.

Parte dos idosos, no momento em que os funcionários da Defesa Civil chegaram ao asilo, não tinha condições de falar, mas Calzira afirmou que o filho dela todos os meses dava R$ 600 para Evandro e que ela morava em uma chácara que funcionava como abrigo em Campinas, na qual Menezes era funcionário. Quando a dona do local resolveu fechá-lo por motivo de doença, Menezes teria se responsabilizado pelos idosos que ficaram. "Depois fomos ainda para outra chácara e agora viemos pra cá. Tem mais uns três ou quatro que já moravam com a gente antes hoje aqui", relatou a idosa.

Dois oito idosos, apenas dois não puderam voltar para a casa de parentes pois nenhum familiar foi localizado. São eles: Vicente, de 55 anos, que ficou internado no Hospital Municipal de Paulínia, e Benedito, que foi para a casa da enfermeira que cuidava do grupo. Segundo a polícia, a mulher assinou um termo de responsabilidade para poder levar Benedito para a casa dela. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Paulínia pelo delegado Tadeu Aparecido de Almeida.

Um laudo sobre o asilo clandestino será feito pela Defesa Civil e entregue à polícia. Depois que todas as vítimas, os dois responsáveis pelo local e os parentes dos idosos forem ouvidos, será possível a polícia instaurar um inquérito e indiciar quem for necessário.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Empresário espanca esposa dentro de elevador com cotoveladas e socos

Play

Câmera corporal mostra PMs executando morador de rua

Play

Vídeo: aluna é torturada com chutes e pauladas dentro de escola no MT

Play

Ex-jogador do Santos dá voadora em suposto ladrão; assista vídeo

x