"CARÁTER PERSEGUIDOR"
Delegado do caso Milton Ribeiro vira alvo da própria PF
Bruno Calandrini acusa a corporação de interferir nas investigações
Por Da Redação
O delegado Bruno Calandrini, responsável pela operação que levou o ex-ministro Milton Ribeiro à prisão, acusou a direção da Polícia Federal (PF) de interferir nas investigações e acabou entrando na mira do alto comando da corporação.
Segundo informações do Metrópoles, uma sindicância aberta para apurar as declarações de Calandrini foi encerrada semanas atrás e não só concluiu que a suspeita levantada pelo delegado não tem fundamento, como propôs que um procedimento administrativo disciplinar, que pode resultar em sua demissão, fosse aberto contra ele.
À Coluna, Bruno Calandrini disse que as medidas adotadas são de "caráter perseguidor" e afirmou que o procedimento disciplinar ao qual terá que responder é uma forma de tirar seu foco da investigação sobre o MEC.
Em junho, Calandrini apontou como evidência da interferência a decisão da direção da PF de impedir a transferência de Milton Ribeiro de São Paulo para Brasília sob o argumento de que não havia recursos suficientes para custear os gastos.
Após denunciar a interferência dentro da própria corporação, Calandrini apontou indícios de que o presidente Jair Bolsonaro teria alertado Milton Ribeiro sobre a investigação. A decisão de incluir o atual presidente entre os alvos da apuração está nas mãos da ministra Cármen Lúcia.
O ex-ministro Milton Ribeiro foi preso pela Polícia Federal no dia 26 de junho acusado de operar um "balcão de negócios" no Ministério da Educação (MEC) e pela liberação de recursos públicos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
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