DESASTRE EM MARIANA
Secretário afirma que não há rejeitos visíveis em Abrolhos
Após sobrevoar a região de Abrolhos, no sul da Bahia, por cerca de três horas, nesta sexta-feira, 8, o secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spenger, disse que não identificou nenhum sedimento, pelo menos visualmente, característico do rompimento da barragem da Samarco, em Minas Gerais. Na quinta-feira, 7, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou que a lama de rejeitos já havia chegado a Bahia.
O secretário informou ainda que mesmo sem identificação visual amostras da água da região foram coletadas para análise. Uma equipe do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) esteve junto com Spengier e fará a análise da água coletada.
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Em entrevista coletiva na quinta, Marilene Ramos presidente do Ibama afirmou que a lama chegou ao sul do estado. "Hoje [quinta] fizemos um sobrevoo na região das praias do sul da Bahia e do parque de Abrolhos e já registramos a presença de lama que, pelo aspecto visual, pela forma que foi avistada nesse sobrevoo, tudo indica que seja a própria mancha, bastante diluída, que está se estendendo ao longo do litoral do Espírito Santo", disse.
A presidente do Ibama disse ainda que o "desvio de rota" foi possivelmente ocasionado por um intenso vento sul que se observou na região na última semana. Os testes para confirmar a origem do material devem ficar prontos em 10 dias.
Em nota, a Marinha informou que militares componentes da equipe responsável pela operação do Radiofarol de Abrolhos, localizado na Ilha de Santa Bárbara, realizaram uma sondagem preliminar na área marítima situada nas proximidades das cinco ilhas que compõem o Arquipélago de Abrolhos, não tendo, entretanto, observado vestígios da mancha.
Pesquisadores e técnicos de Arraial do Cabo-RJ, oriundos do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), estão sendo deslocados para a região, a fim de iniciarem a coleta de amostras da água no local da mancha e no interior do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, para posterior exame dos seus componentes, informou a Marinha.
Samarco
Em nota, a empresa informou que vem realizando o acompanhamento do comportamento da pluma de turbidez na região marinha e esclarece que não há, neste momento, qualquer comprovação técnica de que o material observado na região de Abrolhos seja proveniente do acidente com a barragem de Fundão.
Ainda em nota a Samarco disse que os dados sobre a direção de ventos e intensidade de marés registrados nos últimos dias apontam para uma probabilidade muito baixa de deslocamento da pluma de turbidez do litoral de Linhares até o Arquipélago de Abrolhos.
A empresa mobilizou equipes para a coleta de amostras que serão avaliadas em laboratório, afirmou a mineradora.
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