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06/07/2024 às 7:39 • Atualizada em 06/07/2024 às 11:09 - há XX semanas | Autor: Gabriel Moura

BRASIL

Descubra por que a Serra da Mantiqueira é a nova queridinha do inverno

Destino em Minas Gerais fica do ladinho da Bahia

Serra da Mantiqueira
Serra da Mantiqueira -

7ºC marcando no termômetro, três camadas de roupa para esquentar o desacostumado corpo baiano, mas os fatores climáticos tornam-se secundários ao olhar em volta e perceber-se cercado por montanhas repletas de araucárias, cuja beleza nem nuvens baixas, neblina ou fumaça que sai da boca ao falar conseguem esconder. Este é o sul de Minas Gerais.

O nome deste paraíso austral no estado vizinho da Bahia chama-se Serra da Mantiqueira. Lá concentram-se 20 municípios e incontáveis paisagens deslumbrantes. O Portal A TARDE foi convidado pelo governo de Minas Gerais para conhecer a região e traz dicas do que viu de melhor nas localidades de Extrema, Gonçalves e Monte Verde, três das principais atrações da região.

Mata das Araucárias
Mata das Araucárias | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Como ir para a Serra da Mantiqueira, Minas Gerais

A Serra da Mantiqueira marca parte da divisa entre Minas, Rio e São Paulo. Por isso, curiosamente, a pior escolha em termos de distância para aproveitar o lado mineiro é pousar em Belo Horizonte. Saindo do aeroporto de Confins, em BH, rumo a Monte Verde são sete horas de carro, contra duas horas e meia de Guarulhos, em SP, e seis horas e meia do Galeão, na capital fluminense. Outros aeroportos próximos são Viracopos, em Campinas (SP), Varginha (MG) e São José dos Campos, que possui voo direto partindo de Salvador, a melhor escolha de todas.

Desembarcando, o ideal é alugar um carro para desbravar as pequenas cidades da região. Boa parte das estradas conectando os municípios são de terra, então a preferência é um SUV para evitar atoleiros ou perrengues na montanha.

Outra opção é o cicloturismo. São três rotas para transitar entre as cidades em trilhas de bicicleta. Na Azul, o foco é na vista para o belo e límpido céu da Serra; na Verde, a contemplação da mata é garantida; na Marrom, por fim, o objetivo é a conexão com a terra e natureza. Confira no site as rotas.

Ônibus é uma opção não recomendada. Além de dificuldades no deslocamento entre as cidades, o transporte dentro dos próprios municípios é prejudicado, pois muitas atrações são distantes uma das outras.

  • Extrema

O que fazer em Extrema, Minas Gerais

Cortada pela rodovia Fernão Dias, a cidade destaca-se pela atividade comercial, beneficiando-se da proximidade a São Paulo e benefícios fiscais para aglutinar a maior parte do web comércio do Brasil. O fluxo constante de caminhões e mercadorias não ofusca a beleza local, entretanto.

As principais atrações naturais são os parques naturais da Cachoeira do Salto e Cachoeira do Jaguari, com Rampas de Voo Livre. Na do Jaguari, uma bela e curta trilha decorada com esculturas de animais da fauna local leva o turista à queda d’água. O difícil no percurso será controlar a vontade de se jogar no rio e tomar banho, pois as tortuosas águas são perigosas.

Cachoeira do Jaguari
Cachoeira do Jaguari | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

No pacato centro da cidade, com aconchegante arquitetura colonial, os destaques são praças como a Coronel Simeão, João Batista de Morais Filho e Presidente Vargas.

Extrema também é o melhor lugar da Mantiqueira, quiçá de Minas, para compras. Por ser entroncamento comercial, a cidade tem outlets como o da Centauro, onde se oferecem produtos com descontos de até 70%. Só é necessário atenção na hora da compra, pois alguns ‘achados’ possuem leves defeitos como arranhões ou cada par de tênis ter um tamanho diferente. Outras lojas de lá são a da fábrica da Bauducco e o Paraíso do Shimeji, especializada em cogumelos.

Onde comer e beber em Extrema

O cardápio de um típico restaurante mineiro pode até se parecer com o menu de um PF de beira de estrada, oferecendo pratos com feijão, arroz, porco e salada. Mas esse é o charme. Enquanto a culinária baiana foca em ingredientes e receitas importadas da África, como o azeite de dendê, e a paraense prepara alimentos plantados e colhidos na Amazônia, Minas Gerais é especialista é transformar um prato do dia-a-dia em uma das melhores refeições que você já comeu.

Em Extrema, há o Armazém Bertolotti. Mestre na culinária mineira ‘raiz’, o restaurante tem diferentes tipos de torresmo, tropeiros e frangos. Uma ótima pedida, entretanto, é o 'tour mineiro', que é bem servido e traz um pouco de cada prato típico, como polenta e farofa caipira.

Decoração do local
Decoração do local | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Para a noite, a cervejaria Extremosa é parada obrigatória. Além de deliciosos pratos, o carro chefe são os diferentes e deliciosos tipos de cervejas artesanais. São 17 tipos de chopps, todos autorais. Uma recomendação é a Pérola da Mantiqueira, com aroma cítrico e baixo amargor.

Imagem ilustrativa da imagem Descubra por que a Serra da Mantiqueira é a nova queridinha do inverno
| Foto: Nilmar Lage / Divulgação
  • Gonçalves

O que fazer em Gonçalves, Minas Gerais

Turismo de serra no Brasil é sinônimo de Campos do Jordão, Gramado e a posteriormente citada Monte Verde. Em comum, todas essas cidades apresentam grande estrutura turística, arquitetura europeia na área central e diversas atrações turísticas no entorno. Gonçalves é o oposto deste conceito, focando na autenticidade, rusticidade e bucolismo.

Ao invés das casas inspirarem-se no estilo normândico, as construções de Gonçalves mais lembram uma típica cidade interiorana. O contraste se dá com os morros conseguintes e muitas vezes sem árvores no topo, similares aos encontrados na Toscana, na Ítalia.

Vista de Gonçalves
Vista de Gonçalves | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Nesta tranquilidade, somada ao frio, uma cachaça cai bem. E um dos tesouros que a cidade esconde é o Alambique da Cachaça Gonçalves. Neste local de fabricação artesanal da típica pinga mineira, a degustação de 14 tipos da bebida é gratuita. Mas apenas uma coisa é mais difícil que sair de lá sóbrio: não comprar nenhuma garrafa. A pureza das branquinhas é incrível, e o sabor das aditivadas com canela, abacaxi ou banana é maravilhoso.

Variedades da cachaça
Variedades da cachaça | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Para curar o porre, que tal um cogumelo – não daqueles ‘divertidos’. A Casa dos Cogumelos além de produzir e vender o fungo, também possui um tour onde o visitante conhece detalhes da produção das variedades comestíveis, como shiitake, shimeji e champignon.

Visita a fazenda de cogumelos conta com aula sobre o fungo
Visita a fazenda de cogumelos conta com aula sobre o fungo | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Onde comer e beber em Gonçalves

Para molhar o bico e encher o bucho, um chopp de primeira acompanhado por deliciosas carnes, massas e peixes na cervejaria 3 Orelhas. O rótulo já é conhecido nacionalmente entre os entusiastas das cervejas artesanais, mas provar a iguaria em sua terra natal tem um gosto diferente.

Almoço no 3 Orelhas
Almoço no 3 Orelhas | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

No jantar, uma boa pedida é um prato preparado pelo semifinalista do Masterchef, Danilo Costa. No restaurante Sabor Sem Freio, ele prepara pratos que foram provados pelos jurados do reality, como o acho com virado e a truta pescada no rio. Os preços também são acessíveis, com o prato custando entre R$ 40 e R$ 75.

Chef Danilo Costa
Chef Danilo Costa | Foto: Nilmar Lage / Divulgação
  • Monte Verde

O que fazer em Monte Verde, Minas Gerais

Distrito de Camanducaia, Monte Verde é a segunda localidade mais alta do Brasil, com 1.554 metros de altitude. A altitude garante temperaturas próximas aos 0ºC no inverno, e a localidade provém a estrutura, beleza e atrações para curtir o frio da melhor forma possível.

A rua principal possui lojas, restaurantes e serviços em geral para atender o turista. Tudo com uma belíssima arquitetura dando um charme extra ao local.

Monte Verde é destino ideal para casais
Monte Verde é destino ideal para casais | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Fugindo da delicadeza do centro, o visitante pode se sujar e encher-se de adrenalina em um passeio radical de quadriciclo na Fazenda Off-Road, que possui outras atrações. O auge é o mirante com vista deslumbrante que rende paisagens e fotos inesquecíveis.

Vista do mirante é deslumbrante
Vista do mirante é deslumbrante | Foto: Gabriel Moura

Ainda no contato com a natureza, a escola de falcoaria é imperdível. Lá, são ensinadas técnicas e a história da arte, além do contato direto com falcões, gaviões e corujas. O visitante pode tirar uma foto com o animal no braço, além de poder ver, a depender das condições climáticas, o predador em ação.

Contato com as aves de rapina é direto
Contato com as aves de rapina é direto | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Onde comer em Monte Verde

Por que ver apenas um lado da Serra da Mantiqueira quando há a possibilidade de apreciar a totalidade? Com este conceito foi criado o Sierra 360º, um restaurante giratório que eleva a outro patamar a experiência de almoçar e jantar com vista. Por lá, a especialidade são as carnes, especialmente o bife ancho e a costelinha. Há também risotos e, claro, um feijão acompanhado de especiarias mineiras.

Apresentação dos pratos
Apresentação dos pratos | Foto: Nilmar Lage / Divulgação

Outra parada obrigatória em uma viagem à montanha é um restaurante de fondue. Em Monte Verde, os especialistas encontram-se no Bistrot L’Archange Gourmet com sete variedades de fondue, com avelã, queijo, carne e, claro, chocolate.

Fondue no bistrot francês
Fondue no bistrot francês | Foto: Nilmar Lage / Divulgação
  • Projeto ‘Inverno em Minas’

Minas Gerais liderou o crescimento do turismo no Brasil em 2023, quando recebeu mais de 31 milhões de visitantes e, neste ano, segue em primeiro lugar na variação acumulada de abril de 2023 a abril de 2024. No período, o volume das atividades turísticas no estado chegou a 12,5%, 166% acima da média nacional (4,7%), segundo o relatório mais recente do Observatório do Turismo de Minas Gerais, realizado a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números são resultado de um esforço coordenado pelas políticas públicas adotadas pelo Governo do Estado, que, nesta quinta-feira (27), lança, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a campanha Inverno em Minas. O objetivo é posicionar Minas Gerais como um dos principais destinos turísticos do país na estação mais fria do ano, tanto pela pluralidade de atrativos e paisagens, que podem agradar qualquer perfil de viajante, quanto pela estrutura e riquezas culturais. A expectativa é que cerca de 500 ações aconteçam em aproximadamente 400 municípios até 22 de setembro, encerramento oficial do inverno.

A campanha turística Inverno em Minas coincide com os tradicionais festivais de inverno em diversas localidades, recheados de atividades culturais e educativas, como shows, exposições, oficinas, apresentações teatrais e sessões de cinema. O projeto também promove e valoriza a Cozinha Mineira, patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, com receitas típicas desta estação do ano, como pratos e caldos derivados de milho e mandioca, alimentos reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, quentão, feito com cachaça, quitandas, pão de queijo e os premiados vinhos, azeites e cafés do estado.

O queijo, claro, um dos símbolos da cultura mineira, está sempre presente à mesa. Vale ressaltar que o Queijo Minas Artesanal está mais perto de se tornar Patrimônio Mundial da Unesco. Na última semana, esse e outros tipos do produto foram apresentados em uma ação cultural do Governo de Minas na Embaixada do Brasil em Paris.

Roteiros

Com a chegada do inverno, as montanhas de Minas ganham um novo charme, atraindo viajantes do Brasil e do mundo em busca de experiências únicas e da hospitalidade tão presente na cultura local. Com suas particularidades, cada região do estado tem seus encantos e os turistas terão cinco Circuitos de Inverno neste período do ano.

O projeto conta com cinco roteiros que combinam belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e as delícias da Cozinha Mineira: Território dos Vinhos, que passa por Três Pontas, Caldas, Andradas e São Gonçalo do Sapucaí; Território Sul de Minas, em Extrema, Gonçalves e Monte Verde; Território Serra da Canastra/Mar de Minas, que explora São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita; Território Espinhaço/Diamantes, em Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Serro e Lapinha da Serra; e, por fim, o Território Estrada Real com Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana do Montes e Tiradentes no percurso.

Os roteiros proporcionam vivências únicas pelos tesouros mineiros, como visitas a vinícolas, queijarias, cidades históricas, natureza exuberante, eventos culturais e muito mais.

Programação em julho e agosto

Ações do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” estão programadas para serem realizadas em meio à campanha Inverno em Minas. Em julho, mês em que se comemora o Dia da Gastronomia Mineira, o Prêmio Eduardo Frieiro reconhecerá profissionais e organizações de destaque da cadeia produtiva da culinária mineira. Na segunda quinzena de julho acontecerá um jantar em homenagem à Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea.

Press trips em restaurantes de BH que promovem a cozinha mineira, cozinhas vivas em espaços públicos, rodada de negócios de produtores de vinhos com chefs da capital mineira, workshop de gastronomia, intervenções artísticas, feira de produtores artesanais de diversas regiões de Minas e Circuito Gastronômico da Pampulha também fazem parte da programação dos meses de julho e agosto.

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