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Dia dos Pais é tranqüilo nos presídios de SP

Publicado segunda-feira, 14 de agosto de 2006 às 09:15 h | Autor: Agencia Estado

O Dia dos Pais foi tranqüilo nos presídios do Estado, apesar das ameaças de atentados da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Fora das prisões, entretanto, vários detentos que receberam liberdade para passar o feriado com a família voltaram à marginalidade.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, de sexta-feira até ontem, 32 beneficiados voltaram para a cadeia mais cedo por terem sido flagrados cometendo crimes. Outros dois indultados foram mortos na sexta-feira.

Os delitos incluíram desacato, porte de drogas, dirigir sem habilitação, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e roubo.

Visitas tranqüilas - As visitas aos presídios transcorreram sem incidentes. No Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto, familiares entraram e saíram pacificamente. Fabiana Mondin, por exemplo, chegou com a filha antes das 8h, trazendo um presente para o marido, que está no semi-aberto e não conseguiu saída para o Dia dos Pais. Janaína Cavalcanti, que também visitou o marido detido na mesma cidade, comentou: "Eles costumam fazer reuniões para discutir vários assuntos e nada de ataques nas cidades ou na cadeia estava programado."

O clima também foi de tranqüilidade nas nove penitenciárias do Vale do Paraíba. As visitas começaram cedo e do lado de fora dos presídios havia muitas viaturas policiais rondando, além de um helicóptero Águia, que dava apoio à operação de vigilância.

"Para mim o dia foi de paz", disse a dona de casa Maria de Lourdes da Silva, de São José dos Campos, que visitou o filho no presídio P1 de Tremembé. "Meu filho não quer saber dessas coisas de PCC, quer a liberdade de volta." "Quando tá tudo bem, eles ficam tranqüilos. Parecem até santos", brincou a mulher de um preso.

No Presídio Augusto César Salgado, também em Tremembé, onde estão os irmãos Cravinhos, o ex-goleiro Edinho e o empresário Edemar Cid Ferreira, as famílias também festejaram o dia tranqüilo.

Em Campinas-Hortolândia também não houve problemas. No portão, três policiais armados observam a romaria de mulheres. Dos 7 mil condenados da unidade, cerca de 1.200 estão soltos, devendo voltar até as 17h de hoje.

Na entrada da penitenciária Desembargador Adriano Marrey, em Guarulhos, o clima era calmo. "Venho aqui visitar meu marido todos os domingos. Acho que não vai acontecer nada", afirmou a dona de casa Elizabete Moreira Teodoro.

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