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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Em audiência, desembargador diz: mulheres estão loucas atrás de homens

Declaração de Luís Espíndola foi em sessão que analisava medida protetiva que proíbe professor de se aproximar de aluna de 12 anos

Por Da Redação

05/07/2024 - 18:56 h | Atualizada em 05/07/2024 - 20:09
A fala foi proferida na última quarta-feira, 3, O desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Luís César de Paula
A fala foi proferida na última quarta-feira, 3, O desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Luís César de Paula -

O desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Luís César de Paula Espíndola disse que “as mulheres estão loucas atrás de homens”. A fala foi proferida na última quarta-feira, 3, durante sessão de audiência da Corte que julgava o caso de uma menina de 12 anos que se sentiu assediada por um professor.

A adolescente contou que, em uma ocasião, o professor teria mandado uma mensagem para ela durante o horário da aula com elogios, além de piscadas e olhadas maliciosas. Com medo, ela se escondia no banheiro para não frequentar a disciplina.

Espíndola não concordou em condenar o acusado por não querer “estragar a vida do professor”, além de afirmar que não se passava de ego de adolescente. Confrontado por uma desembargadora presente no julgamento, ele rebateu dizendo que os argumentos apresentados por ela eram alegações do “discurso feminista”.

“Se vossa excelência sair na rua hoje em dia, quem está assediando, quem está correndo atrás de homens, são as mulheres, porque não tem homem. Esse mercado está bem diferente. Hoje em dia, essa é a realidade, as mulheres estão loucas atrás de homens, porque são muitos poucos. É só sair a noite, eu não saio muito à noite, mas eu tenho funcionárias, tenho contato com o mundo. A mulherada está louca atrás dos homens”, fala Espíndola.

O desembargador continua dizendo que não há homem suficiente e que as mulheres “estão loucas para levar um elogio, levar uma piscada, uma cantada educada, porque elas é que estão cantando, elas que estão assediando”.

VEJA TAMBÉM:

>> CNJ investigará desembargador que negou prioridade a advogada gestante

Em nota, Espíndola diz que “não teve a intenção de menosprezar o comportamento feminino”, argumentando que sempre defendeu a igualdade entre os homens e as mulheres na vida pessoal e em suas decisões.

“Lamento profundamente o ocorrido e me solidarizo com todas e todos que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão”, pontuou.

O Tribunal de Justiça do Paraná e a Ordem dos Advogados do Brasil do Estado também se pronunciaram. Em nota, o TJPR revelou que “não endossa os comentários feitos pelo desembargador” e que uma investigação preliminar foi aberta. A Corte aponta que o Espíndola terá prazo de 5 dias para se manifestar.

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Histórico

Espíndola foi condenado em 2023 por lesão corporal em violência doméstica contra a irmã e contra a mãe. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que ele pagasse quatro meses e 20 dias de detenção. Porém, cumpriu em regime aberto e ficou proibido de se aproximar da irmã da mãe.

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Tags:

assédio sexual condenação de desembargador direitos das mulheres discriminação de gênero machismo no judiciário violência de gênero

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