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Em depoimento, Marcola tenta incriminar delegado

Por Agencia Estado

11/07/2006 - 9:48 h

O assaltante Marcos Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), aproveitou o depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas para tentar denegrir a imagem do delegado Ruy Ferraz Fontes, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). Ele o acusou de aceitar dinheiro para não incriminá-lo em dois inquéritos. Titular da Delegacia de Roubo a Bancos, Fontes é considerado o principal algoz do crime organizado.

Com informações contraditórias, Marcola disse que, em 1999, data da sua última prisão, pagou R$ 600 mil ao delegado para que o carro em que estava - um Ford Stratus importado, avaliado em R$ 60 mil - não fosse apreendido. A suposta propina também o livraria do indiciamento. Segundo o preso, o pagamento foi feito por sua ex-mulher, a advogada Ana Maria Olivatto Camacho, no mesmo dia da prisão.

"Não fui indiciado em nada, em nada de nada de nada. É complicado, o senhor não acha?", indagou Marcola ao deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), no dia 6, ao ser ouvido pela CPI no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes.

Em seguida, o assaltante reduz o valor do suposto acordo para R$ 300 mil. Entretanto, documentos obtidos pelo Jornal da Tarde derrubam as afirmações de Marcola. Na época, ele era fugitivo e poderia ter sido só recapturado. Mas os policiais da delegacia o prenderam em flagrante por uso de documento falso.

Ao contrário do que insistiu em afirmar Marcola, o responsável por sua prisão não foi Fontes, e sim o delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, também do Deic. Em março de 1999, antes do episódio da prisão, o chefe do PCC já havia sido indiciado na Delegacia de Roubo a Banco pelo roubo à Transpev, de onde levou R$ 4 milhões, em 1998. Marcola acabou condenado a 12 anos pelo crime. Desde então, está preso.

Continuando as acusações, Marcola disse que, em 2003, pagou mais R$ 45 mil ao delegado para ser inocentado no processo de formação de quadrilha instaurado contra o advogado Mário Sérgio Mungioli. O defensor foi preso em flagrante em outubro de 2003, na saída do CRP de Presidente Bernardes. O objetivo de Mungioli era pedir autorização de Marcola para pôr em prática os planos terroristas da facção, que incluía um atentado à bomba na Estação Jabaquara do Metrô.

"Inclusive minha saída daqui (do CRP) foi graças a uma declaração que ele deu, dizendo que eu não tinha nada a ver com o advogado que tinha sido preso aqui trazendo bilhetes (...) Aí, ele pediu R$ 45 mil."

A reportagem apurou que Marcola se referia a uma certidão entregue pelo Deic, onde consta a informação de que ele não foi indiciado no inquérito do advogado, pois já respondia pelo mesmo crime em outro processo. Mas o relatório do flagrante de Mungioli em nada absolve o preso. Ao contrário, aponta Marcola e Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, como os líderes do PCC. "Cientes do risco que corriam ao utilizar a telefonia, os líderes (...) passaram a se comunicar com seus congregados através de ordens transmitidas por seus advogados, entre eles Mungioli", diz o documento.

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