FNDE
Em meio a polêmicas no MEC, diretores compram carros de luxo
Compras suspeitas acontecem em meio a polêmicas de corrupção no Ministério da Educação
Por Da Redação
Dois diretores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) adquiriram carros de luxo após assumirem os cargos. Com salários de pouco mais de R$ 10 mil, Garigham Amarante e Gabriel Vilar compraram veículos avaliados em R$ 330 mil e R$ 250 mil, respectivamente. As informações são do Estadão.
O FNDE está no centro de polêmicas recentes do governo Bolsonaro por estar envolvido nas denúncias de compra de ônibus a preços inflados e intermediação de verbas por pastores. A influência dos religiosos foi um dos motivos da saída do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, em março deste ano.
Um dos diretores com carro de luxo, Amarante chegou ao cargo por indicação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O PL é o partido do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi responsável por organizar o pregão eletrônico da compra de ônibus escolares pelo MEC, que tinha indicação de sobrepreço de R$ 700 milhões.
Amarante comprou um SUV Mercedes-Benz GLB 200 Progressive, avaliado em R$ 330 mil. No último contracheque, disponível no Portal da Transparência, ele recebeu R$ 10.302,16 líquidos. A prestação mensal do veículo, em condições similares às usadas por Amarante, é de R$ 10.299,35. O que significa um comprometimento de 99,97% de sua renda.
Gabriel Vilar também adquiriu um carro de luxo, avaliado em R$ 250 mil. Assim como Amarante, ele chegou ao cargo por indicação de partidos do Centrão. Amarante foi chefe de gabinete da Liderança do PL na Câmara. Já Vilar trabalhava no Ministério da Educação, como apadrinhado pelo Republicanos.
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