Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

BRASIL

Entidades não têm protocolo comum

Luiz Fernando Toledo e Fabiana Cambricoli | Estadão Conteúdo

Por Luiz Fernando Toledo e Fabiana Cambricoli | Estadão Conteúdo

24/07/2017 - 8:14 h | Atualizada em 19/11/2021 - 8:16

O caráter predominantemente religioso e o não seguimento de protocolos médicos são os principais fatores que levam comunidades terapêuticas e outras unidades de saúde psiquiátricas a adotarem práticas indevidas contra seus pacientes, segundo Ed Otsuka, coordenador do núcleo de saúde do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP).

"A dependência química é vista como falha de caráter que pode ser reparada por meio da fé, e não como uma doença complexa. Nesse contexto, a maioria obriga os pacientes a certos tipos de trabalho e cultos."

Tudo sobre Brasil em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

Ele ressalta que esse tipo de estabelecimento tem ganhado espaço no País pela falta de investimento em políticas públicas. "Os governos não fortalecem as redes próprias de atenção à saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) e repassam cada vez mais verba para essas unidades privadas", destaca.

Estudo deste ano do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, de 2 mil comunidades terapêuticas do País, 82,2% são ligadas a alguma religião. A espiritualidade é a principal prática terapêutica (95,6%), mas 55% aplicam remédios nos internos.

Alguns dos centros que recebem dependentes químicos não são regulamentados como comunidade terapêutica. Na última semana, o Estado revelou que houve 14 mortes em um mês entre abrigados de um sítio em Jarinu, no interior paulista, da Missão Belém, ligada à Igreja Católica. A unidade recebe, principalmente, usuários de drogas que querem largar o vício.

Embora ofereça assistência e moradia a dependentes químicos, ação que caracteriza uma comunidade terapêutica, o fundador da missão, padre Giampietro Carraro, diz que os sítios não são comunidade nem abrigo, mas "família para quem não tem" e que faz trabalho "que caberia aos órgãos públicos", sem receber dos governos.

Governo

O Ministério da Saúde disse, em nota, que há 2.455 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no País, onde se recebe atendimento de saúde mental próximo da família com assistência multiprofissional. O total de CAPS cresceu 832% desde 2001.

A reportagem solicitou entrevista à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, responsável por contratos com comunidades terapêuticas, mas a pasta disse não ser possível atender ao pedido na semana passada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Mulher flagra traição em jogo e vai embora com amante do companheiro

Play

Aeronave de pequeno porte cai em bairro de Goiânia e destrói casa

Play

Frentista é morta pelo ex-companheiro em posto de gasolina; veja vídeo

Play

Fim da escala 6x1? Senado decide destino da jornada trabalhista

x