BRASIL
Exército diz que mulheres podem 'comprometer desempenho militar'
Estudo realizado pelas Forças foi anexado ao parecer que defende o veto feminino em funções combatentes
![Exército quer barrar presença feminina em funções como Infantaria e Cavalaria](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1250000/1200x720/Exercito-diz-que-mulheres-podem-comprometer-desemp0125958000202402190903-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1250000%2FExercito-diz-que-mulheres-podem-comprometer-desemp0125958000202402190903.jpg%3Fxid%3D6120516%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721001134&xid=6120516)
Um estudo realizado por Forças Armadas de outros países foi anexado ao parecer do Exército brasileiro em ser contrário à inclusão feminina em funções mais combatentes, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O estudo indica uma "clara vantagem física dos homens", falando ainda que a admissão das mulheres em funções como Infantaria e Cavalaria teria sério risco de "comprometer o desempenho militar em operações".
A avaliação apresentada mostrou as mulheres com desempenho 20% a 45% inferior aos homens, com análises de potência aeróbica, potência anaeróbica, força muscular geral, força muscular dos membros inferiores e a força muscular dos membros superiores.
Uma etapa de testes ainda foi feita pelas próprias Forças Brasileiras, onde as condições físicas de homens e mulheres que entraram na EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes) foi analisada. A EsPCEx é considerada como a entrada da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).
"A conclusão do estudo, que foi realizada em duas etapas, a primeira em 2017/2018 e a segunda em 2020, foi a de que, em relação à aptidão muscular, houve decréscimo da força isométrica máxima de membros inferiores, que possui forte relação com a integridade musculotendinosa e massa óssea, influenciando no risco de lesão, especialmente para as militares do sexo feminino na linha de ensino militar bélica em 2017."
Mesmo com os levantamentos trazidos pelas Força Armadas, o desempenho físico das mulheres que entraram na Aman entre 2018 e 2020 foram avaliados positivamente, com a maior parte dos resultados figurando entre 'bom' e 'excelente'.
A subprocuradora Elizeta Ramos afirma que a proibição de mulheres entrarem em determinadas carreiras nas Forças Armadas é discriminatória. "Não há fundamento razoável e constitucional apto a justificar a restrição da participação feminina em corporações militares."
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