BRASIL
Fiocruz alerta para aumento de casos de SRAG em crianças
Bahia apresentou estabilidade
Por Da Redação
O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quarta-feira, 13, aponta que a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças mantém sinal de crescimento significativo em diversos estados desde o mês de fevereiro, porém dá sinais de formação de platô. A Bahia apresentou estabilidade.
Segundo a análise, há predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) na faixa etária 0 a 4 anos; e de rinovírus e Sars-CoV-2 (Covid-19) na faixa de 5 a 11 anos, além de outros vírus respiratórios como o VSR em menor intensidade.
Já na população em geral, a curva nacional de SRAG mantém sinal de queda na tendência de longo (últimas seis semanas), porém com sinal de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas), consolidando sinal de estabilização em patamar de 2,1 casos semanais por 100 mil habitantes (estimativa de 4,4 [3,8 – 5,1] mil casos na semana 14).
Referente ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 112.087 casos de SRAG, sendo 62.453 (55,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 34.535 (30,8%) negativos, e cerca 9.333 (8,3%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 5,4% são Influenza A, 0,1% Influenza B, 4,4% VSR, e 86,1% Covid-19.
Conforme a Fiocruz, nove das 27 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Sergipe apontam queda na tendência de longo prazo, enquanto as demais, entre as quais, a Bahia, apresentam sinal de estabilidade.
Em todas as localidades que apresentam algum sinal de crescimento, os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil (0 a 11 anos), fator que se mantém desde fevereiro. Na população adulta, os números indicam que o sinal de queda ou estabilidade se mantém.
Apenas três Unidades da Federação apresentam ao menos uma macrorregião de saúde com nível de casos semanais de SRAG considerado muito ou extremamente alto, somando um total de apenas três das 118 macrorregiões de saúde do país.
Ainda segundo o balanço, 11 das 27 capitais tiveram crescimento na tendência de longo prazo: Belém (PA), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES). Em Goiânia (GO), observa-se sinal de crescimento somente na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas). Assim como destacado para os estados, os dados por faixa etária nas capitais também sugerem se tratar de aumento concentrado fundamentalmente nas crianças e adolescentes (0-9 e 10-19 anos).
O estudo se refere à Semana Epidemiológica (SE) 14, que compreende o período de 3 a 9 de abril, e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 11 de abril. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,8% Influenza A, 0,0% Influenza B, 7,4% VSR, e 83,4% Covid-19.
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