APÓS 50 DIAS
Fugitivos de cadeia em Mossoró são presos no Pará
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva fugiram em fevereiro
Por Da Redação
Procurados há 50 dias, Deibson Cabral Nascimento, o Martelo, de 36 anos, e Rogério da Silva, o Deisinho ou Tatu, de 34, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) em fevereiro deste ano, foram presos na tarde desta quinta-feira, 4. De acordo com o jornal CNN, os dois foram encontrados em Marabá (PA).
Os detentos foram os primeiros do Brasil a fugir de um presídio de segurança máxima, destinado a abrigar chefes do crime. A prisão foi feita em conjunto por agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com a CNN, a informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A previsão é que haja um pronunciamento sobre o caso ainda na tarde desta quinta.
O presídio de Mossoró também abriga Luiz Fernando da Costa, chamado de Fernandinho Beira-Mar,que foi transferido em janeiro deste ano para a unidade. Ao todo, há cinco presídios federais de segurança máxima, localizados em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).
Como aconteceu a fuga?
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram em 14 de fevereiro. Os dois presos retiraram as barras de ferro que estavam nas paredes das celas que se encontravam.
As barras de ferro foram usadas para perfurar uma abertura na esquadria onde havia uma luminária, cujas dimensões eram de 20x70cm. Os dois enrolaram o uniforme azul nas barras de ferro para fazer menos barulho.
Pessoas ligadas à investigação confirmaram que por estarem no Regime Disciplinar Diferenciado (RRD), os detentos não saíam para banho de sol, realizado em um solário individual dentro da cela dos presos.
Por isso, as celas não passavam por vistoria diária. A umidade acumulada nas paredes teria facilitado a retirada do reboco que cobria as ferragens, já que o local não passava por manutenção há muitos anos.
Buscas
A procura dos detentos foram intensas, com helicópteros, buscas e outras formas. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski chegou a autorizaro uso da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para apoiar as buscas.
O pedido para o uso da Força Nacional foi feito pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, com aval da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.
Massacre em presídio
De acordo com a Folha de S. Paulo, em 26 de julho do ano passado, os presos teriam rendido funcionários do presídio e seguido para um local onde estavam armas policiais. Em seguida, foram para um pavilhão reservado para integrantes de facções rivais, entre eles do PCC e B13.
A ação resultou em cinco mortos, três deles decapitados. O governo do Acre informou que todos os 14 presos transferidos estavam ligados ao ataque.
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