ESCÂNDALO
Funcionárias da Petrobras relatam assédio de chefes e abusos sexuais
Petroleiro foi denunciado pelo Ministério Público por ter violentado auxiliar de limpeza em Centro de Pesquisa
Por Da Redação
Funcionárias da Petrobras relataram em um grupo de WhatsApp dezenas de episódios de assédio sexual cometidos por colegas de trabalho e superiores hierárquicos. As ocorrências teriam acontecido enquanto elas estavam embarcadas em plataformas ou em outras unidades da empresa.
Segundo informações divulgadas pela GloboNews, 53 relatos espontâneos de mulheres que foram vítimas dos abusos foram revelados pelo aplicativo de troca de mensagens.
"A gente botava cadeira na porta à noite porque era proibido trancar… Uma amiga passou por uma situação bizarra. Chegou no camarote e tinha um cara mexendo nas calcinhas dela", disse uma das vítimas.
"Voltando de um evento da gerência à noite, dividi o Uber com o meu gerente imediato. Quando chegou na casa dele, ele começou a me agarrar. Depois de conseguir fazer com que ele parasse, ele veio insistir que queria ir para minha casa, obviamente não deixei", detalhou outra mulher que sofreu abuso na empresa.
Casos como esses foram relatados em diversas oportunidades dentro do aplicativo. Em outra situação, uma mulher precisou deixar o quarto durante o trabalho porque um homem estava "deitado assistindo a um filme pornô" no local.
Em outro relato, uma trabalhadora afirma que uma recepcionista da Petrobras "teve o seio apalpado por um petroleiro" e o caso virou um "escândalo".
Em 2022, funcionárias terceirizadas do Centro de Pesquisas da Petrobras denunciaram um petroleiro por assédio sexual. De acordo com o Ministério Público do Rio, o agressor "esfregou por três vezes o pênis nas nádegas da vítima, conforme registro de ocorrência feito pela vítima".
Utilizando a condição de superior hierárquico, o acusado "balançava seu crachá e passava a constrangê-la de forma insistente, mesmo com a sua recusa, tendo por fim surpreendido a funcionária, enquanto a mesma realizava a limpeza de uma pia, a abordando pelas costas e esfregando o pênis em suas nádegas", disse o MP. Outras funcionárias também registraram denúncias contra o homem.
Os documentos por parte do Ministério Público Estadual devem ser enviados ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ainda nesta segunda-feira para a abertura da investigação do caso.
Segundo a Petrobras, a empresa abriu uma apuração interna e adotou as medidas cabíveis sobre o caso.
"Imediatamente após receber as denúncias, a Petrobras abriu uma apuração interna e adotou as medidas cabíveis dentro do âmbito administrativo. A Petrobras reafirma que não tolera qualquer ato de violência, agressão, atitudes de assédio moral ou sexual ou atitudes e comportamentos discriminatórios contra qualquer pessoa", publicou.
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