BRASIL
Golpes em sites falsos disparam com aumento das compras online
Cerca de 31% dos brasileiros afirmam já ter sido alvo de golpes ou tentativas de fraude.
Por Redação

Com o crescimento das compras pela internet, tem crescido também a ação de criminosos que usam sites falsos para enganar consumidores. Muitos relatos apontam para o mesmo roteiro: após o pagamento, o produto nunca é entregue.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), cerca de 31% dos brasileiros afirmam já ter sido alvo de golpes ou tentativas de fraude. O percentual é ainda maior entre pessoas com maior escolaridade e renda: 39% e 41%, respectivamente.
O golpe mais comum é a criação de páginas que imitam grandes varejistas, com layout sofisticado e promoções tentadoras. Segundo o advogado José Crisostemo, especialista em Direito do Consumidor, os golpistas usam endereços eletrônicos semelhantes aos originais, modificando uma letra ou inserindo sinais como hífens para enganar a vítima.
“A fraude só costuma ser percebida dias depois, quando o produto não chega ou o consumidor não consegue contato com o suposto serviço de atendimento”, explica.
Bahia na mira das fraudes
Em 2024, a Bahia aparece como o quarto estado com maior número de tentativas de fraude no país, com 6,69% das ocorrências, segundo o Mapa da Identidade e da Fraude, elaborado pela empresa Caf. Ainda segundo o levantamento, 1,24% das transações realizadas no Brasil naquele ano foram consideradas suspeitas.
Para evitar prejuízos, especialistas recomendam cuidados básicos, como:
- conferir se o site possui certificado de segurança (ícone do cadeado na barra do navegador;
- verificar o CNPJ da empresa, buscar avaliações em plataformas como o Reclame Aqui e desconfiar de preços muito abaixo do mercado;
- não clicar em links recebidos por redes sociais ou aplicativos de mensagens;
- nunca fornecer dados pessoais ou bancários por telefone, e-mail ou WhatsApp.
Caso o consumidor perceba que foi vítima de um golpe, a orientação é registrar um boletim de ocorrência, comunicar imediatamente o banco ou operadora do cartão e buscar auxílio jurídico especializado. “Com suporte profissional, é possível contestar o prejuízo e tentar reparação judicial em casos de fraude”, afirma Crisostemo.
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