Governo pede suspensão de 'Lindinhas' e investigação por pornografia infantil
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos solicitou a suspensão da veiculação do filme “Cuties”, que traduzido é “Lindinhas” pela Netflix e, inclusive, a investigação sobre sua distribuição no Brasil, por possuir “conteúdo pornográfico envolvendo crianças”. O filme francês é uma produção original da Netflix e tem classificação indicativa de 16 anos.
O pedido foi enviado à coordenação da Comissão Permanente da Infância e Juventude (Copeij), colegiado integrado por procuradores e promotores de Justiça de todos os estados e Distrito Federal que atuam diretamente na área da infância e juventude.
O secretário Maurício Cunha disse que a produção, no qual é protagonizada por uma menina de 11 anos, possui o enredo baseado no fascínio pela dança, a busca pela liberdade, o desenvolvimento da identidade sexual e o conflito em relação à tradição religiosa da sua família.
“O filme apresenta pornografia infantil e múltiplas cenas com foco nas partes íntimas das meninas enquanto reproduzem movimentos eróticos durante a dança, se contorcem e simulam práticas sexuais. O roteiro, segundo ele, pode levar à normalização da hipersexualidade das crianças em produções artísticas”, informou, através de comunicado.
O governo pede a apuração da responsabilidade pela oferta e distribuição do conteúdo, enfatizando que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê como crime o ato de “vender ou expor à venda, vídeo ou outro registro que contenha cena pornográfica envolvendo criança e adolescente, punível com reclusão de 4 a 8 anos e multa”.
"Estou brava, Brasil! Estou muito brava! É abominável uma produção como a deste filme. Meninas em posições eróticas e com roupas de dançarinas adultas", escreveu Damares, que completou: "Quero deixar claro que não faremos concessões a nada que erotize ou normalize a pedofilia! Quero aproveitar e dar um recado aos pedófilos que por anos tem vindo ao Brasil abusar de nossas crianças: no Brasil existe um Governo que se importa de verdade em proteger as crianças e as famílias", havia dito a ministra, no último dia 14.