Governo teme que postos não repassem menores preços dos combustíveis

Pronto para destinar mais de R$ 46 bilhões dos cofres da União para subsidiar os combustíveis, o governo Bolsonaro teme que o valor sirva apenas para aumentar a margem de lucro dos postos, sem significar uma grande redução no valor repassado aos consumidores. As informações são da Folha de S.Paulo.

Para o governo federal existe a possibilidade de que as empresas se apropriem de parte do corte de tributos e aumentem a sua margem de lucro diante do subsídio federal. Por conta disso, membros do governo e do Congresso devem se reunir nos próximos dias com representantes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), das distribuidoras e dos postos para tratar do assunto.

Com o alto investimento federal para subsidiar os combustíveis, a expectativa, de acordo com simulações enviadas ao Congresso é que as desonerações resultem em uma redução de R$ 0,76 no litro do diesel e R$ 1,65 na gasolina.

Por conta disso, o governo estuda medidas para garantir que o subsídio seja repassado ao consumidor. A primeira delas seria obrigar postos a divulgarem a comparação de preços antes e depois das medidas tomadas.

Outra ideia é aumentar a frequência de divulgação dos preços médios coletados pela ANP para incentivar a fiscalização por parte dos consumidores.