BRASIL
Greve de aeronautas segue e aeroportos registram atrasos em voos
Pillotos e comissários paralisaram trabalho das 6h às 8h pelo segundo dia consecutivo
No segundo dia de paralisações de pilotos e comissários de voo que atuam nas principais companhias aéreas, os aeroportos do país registraram cancelamentos e atrasos de voos durante a manhã desta terça-feira, 20. Enquanto estiverem em greve, os aeronautas cruzarão os braços entre às 6h e às 8h.
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, houve oito atrasos e seis cancelamentos no início da manhã. Pilotos, copilotos e comissários fizeram protesto nos corredores do terminal. No aeroporto de Guarulhos, também em São Paulo, foram registrados três atrasos de voos e nenhum cancelamento.
No aeroporto de Guarulhos, também em São Paulo, foram registrados três atrasos de voos e nenhum cancelamento.
No Distrito Federal, a greve reuniu um grupo de manifestantes, entre pilotos, copilotos e comissários de bordo. A paralisação gerou pelo quatro atrasos na decolagem de Brasília.
A paralisação está prevista para ocorrer diariamente, das 6h às 8h nos aeroportos de São Paulo, Guarulhos, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza. A medida deve gerar um efeito cascata de atrasos e possíveis cancelamentos de voos.
Ao A TARDE, na segunda-feira, 19, a assessoria do Aeroporto Internacional de Salvador declarou que podem existir impactos nos voos que decolam ou chegam à cidade. "Devido à paralisação dos aeronautas, alguns voos poderão sofrer atrasos. Os passageiros com voo previsto para esta manhã devem entrar em contato com sua companhia aérea para mais informações", declarou em nota.
Reinvidicações
O motivo para a greve, segundo a categoria, é a "frustração das negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho". O acordo ainda está em discussão entre os sindicatos dos trabalhadores do setor e das empresas aéreas. A greve não atingirá voos com órgãos para transplante, vacinas ou pacientes em atendimento médico, assegurou o SNA.
Os aeronautas reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de um ganho real nos salários e benefícios. O sindicato da categoria argumenta que os altos preços das passagens aéreas têm gerado crescentes lucros para as empresas. De janeiro a outubro deste ano, por exemplo, o preço médio das passagens subiu 35%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Os profissionais do setor aéreo reivindicam ainda melhorias nas condições de trabalho para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, como a definição dos horários de início de folgas e proibição de alterações nas mesmas, além do cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.
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