BRASIL
Há 19 anos, Brasil assistia ao vivo ao terror do sequestro do ônibus 174
Em 12 de junho de 2000, Sandro Barbosa Nascimento manteve como reféns passageiros do ônibus da linha 174 da Viação Amigos Unidos, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro. Transmitida pela televisão ao vivo para todo o País, a ação durou mais de quatro horas e terminou com a morte de uma passageira e do sequestrador.
O sequestro começou por volta das 14 horas. Com um revólver calibre 38, Sandro manteve dez pessoas reféns no coletivo. O veículo foi cercado pela Polícia Militar, e o rapaz passou a usar as câmeras de TV para fazer ameaças performáticas, pondo a cabeça para fora do ônibus com a arma em punho e mandando uma refém escrever com batom frases de terror nos vidros.
Depois de uma longa negociação e com quase todos os reféns libertados, por volta das 18h45, Sandro desceu do ônibus levando consigo, como escudo humano, a professora Geísa Firmo Gonçalves, de 20 anos. Nessa hora, um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se aproximou e atirou quase à queima-roupa, com arma de grosso calibre.
O disparo do policial, que tinha como alvo o assaltante, acertou a professora. Sandro também disparou contra ela. A passageira morreu. Sandro foi rendido e morto minutos depois na viatura da PM. Em 1992, ele havia sobrevivido à chacina da Igreja da Candelária, no centro do Rio, que matou oito meninos de rua em ação atribuída a policiais.
Depois da tragédia de 2000, a linha 174 foi rebatizada para 158. Em 2002, o episódio foi tema de um premiado documentário, Ônibus 174, do diretor José Padilha, que cinco anos mais tarde dirigiria o longa-metragem Tropa de Elite. E, em 2008, o caso ganhou outra releitura de ficção no cinema - Última Parada 174, de Bruno Barreto.
Sequestro a ônibus na Avenida Presidente Vargas, em 2011
Em 9 de agosto de 2011, um ônibus que trafegava na Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do centro do Rio, com ao menos 20 passageiros, foi sequestrado por quatro criminosos armados com granadas e pistolas. A Polícia Militar trocou tiros com os sequestradores, e ao menos cinco pessoas foram baleadas. Nenhuma delas morreu. Os disparos que atingiram as vítimas teriam sido efetuados pelos agentes de segurança.
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