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Homem branco açoita homem negro em Minas Gerais

Segundo a Prefeitura de Itaúna, os dois homem são dependentes químicos e são acompanhados no CAPS

Por Redação

21/11/2024 - 16:59 h
Agressor ainda sugeriu dar R$10 para a vítima consentir com agressão
Agressor ainda sugeriu dar R$10 para a vítima consentir com agressão -

Um homem branco que agrediu um homem negro com cintadas nas costas foi detido nesta quinta-feira, 21, em Minas Gerais. A agressão foi gravada e alguns vídeos circulam e viralizam nas redes sociais e ocorreu em frente a um bar no Centro de Itaúna, cidade no Centro-Oeste mineiro e as informações foram divulgadas pelo G1.

De acordo com a Polícia Federal, o agressor foi identificado como José Maria Vilaça e disse em depoimento que a vítima, Djalma Rosa da Costa, identificada pela Polícia Militar (PM), consentiu com a agressão.

Segundo a Prefeitura de Itaúna, tanto o agressor quanto a vítima, são dependentes de drogas e acompanhados pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e nesta quinta-feira, 21, Djalma Rosa, se apresentou na unidade e se mostrou bem, foi acolhido e recebeu assistência dos profissionais.

"Djalma é acompanhado diariamente nos CAPS AD e CAPS II para ações de redução de danos e acompanhamento multiprofissional. Sobre o ocorrido veiculado hoje nas mídias sociais, informamos que a responsável legal e curadora de Djalma foi devidamente orientada pela equipe do CAPS II sobre as medidas necessárias para formalizar e representar o boletim de ocorrência", explicou a Prefeitura.

Em entrevista à TV Globo, José Maria Vilaça disse que no dia da agressão ambos usaram entorpecentes. "Eu tava numa resenha. Foi uma brincadeira. O problema foi o vídeo ter viralizado no dia de Zumbi de Palmares. Agora tá essa burocracia toda. Foi uma resenha. Eu vou provar que não passou de uma resenha. Peço desculpas a todos os brasileiros, paraminenses e itaunenses também", disse.

José Maria Vilaça vai responder por lesão corporal e pode responder por intolerância racial
José Maria Vilaça vai responder por lesão corporal e pode responder por intolerância racial | Foto: Reprodução

No vídeo, o agressor profere palavras desconexas e mistura temas como eleições dos EUA, Lula e Bolsonaro enquanto a vítima aparece ao fundo, sem camisa. Em seguida, ele começa a tirar o cinto da calça e passa a afirmar, “Vamos fazer diferente, ele quer usar droga, não quer trabalhar não?”.

Na sequência, o agressor ainda sugeriu dar R$10 para a vítima comprar drogas e consentir com a agressão, "Dez reais e ele vai deixar eu dar duas lapadas e o patrocínio é o Bar do Sandoval".

Por fim ele agride Djalma com três golpes e ainda pede a confirmação de quem segura o celular, "Tá gravando?". Enquanto a vítima é agredida, ainda é possível escutar a risada de uma pessoa. Após açoitar o homem, o agressor finaliza o vídeo e diz, "Deus é mais".

A reportagem do G1 entrou em contato com o proprietário do bar que disse estar revoltado com a situação e que soube da agressão pelo vídeo que circula nas redes sociais, pois não estava no estabelecimento no dia da gravação.

A PM também informou que não foi acionada no dia da agressão e só tomou conhecimento do vídeo nesta quinta-feira, 21. "De imediato, após ter ciência do fato, a PM realizou uma série de diligências e conseguiu identificar o autor do ato criminoso, um homem oriundo da cidade de Pará de Minas. Nesse momento, um Boletim de Ocorrência está sendo confeccionado pelos militares, bem como encaminhando o autor, que já se encontra preso para a Delegacia de Pará de Minas".

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Leonardo Moreira Pio disse que o inquérito policial para investigar o caso está em andamento na Delegacia de Polícia Civil de Itaúna.

"A princípio, o autor é investigado pelos crimes de racismo e tortura, podendo inicialmente a pena pode ser superior a 15 anos, mas outros eventos também podem ser apurados diante da complexidade da investigação", complementou.

Além do crime de lesão corporal, o agressor também pode responder por intolerância racial, caracterizada pela violência, física ou simbólica, motivada pela negação da identidade étnico-racial da vítima. Segundo o advogado Maciel Lúcio, da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Divinópolis, em entrevista ao G1, o caso é grave.

“É inadmissível que ainda enfrentemos situações como essa em pleno século XXI. É um verdadeiro retrocesso. Não por acaso, ontem tivemos o primeiro feriado em celebração ao Dia da Consciência Negra, pois ainda há quem precise ser educado sobre esse assunto”, disse.

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Tags:

agressão CAPS dependentes químicos mg racismo

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