Homem diz que foi pago para “apoiar” e “entrevistar” Bolsonaro

Em uma das aparições no “cercadinho”, que fica no Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro (PL) respondeu a uma pergunta que, segundo um publicitário, foi ensaiada e custou R$ 1.100. Beto Viana disse que foi pago para ser “apoiador fake” e perguntar a Jair Bolsonaro (PL) se ele havia assistido a entrevista do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no Fantástico.

O episódio aconteceu em 13 de abril de 2020, três dias antes de Mandetta ser demitido. Na ocasião, o Brasil vivia o começo da pandemia de covid-19 e Bolsonaro e Mandetta divergiam com relação a estratégias de combate à disseminação do vírus.

"Eu fiquei até meio sem graça porque imaginei que ele ia falar alguma coisa, falar da entrevista e tal, porque, no meu ponto [de vista], seria uma pergunta de imprensa, mas era uma pergunta para ele poder 'mitar'. Aí ele 'mitou''', disse Beto Viana ao jornal Folha de S. Paulo. Bolsonaro respondeu "Eu não assisto a Globo".

A transferência via TED foi feita pela conta “Folha do Brasil Negócios Digitais”, antigo nome do site bolsonarista Foco do Brasil.