'Igreja não levanta pra negro e veado', diz pastor em ataque racista e homofóbico

Uma pregação da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, no Rio de Janeiro, viralizou e causou revolta na internet, após o pastor Tupirani da Hora Lores atacar negros, mulheres e a comunidade LGBTQIA+.

No culto, no início do mês de agosto, o pastor afirmou que a "igreja não levanta placa de filho da puta negro e veado".

O discurso do pastor foi feito em resposta a uma retratação da pregadora Karla Cordeiro, da igreja Sara Nossa Terra, que no final de julho disse aos fieís pararem de "ficar postando coisa de gente preta, de gay". Ela se retratou após a repercussão e a abertura de um inquérito policial.

O pastor Lores não concordou com a retratação e criticou Karla. "Sabe o que você é, Karla Cordeiro? Você é uma puta, uma prostituta, seu pastor deve ser um veado e a sua igreja toda é uma igreja de prostitutas. Vocês não são evangélicos. Malditos sejam vocês, que a garganta de vocês apodreça por terem ousado tocar no nome de Jesus, raça de putas e piranhas, é isso que vocês são", atacou o pastor.

"A igreja de Jesus Cristo não levanta placa de filho da puta negro nenhum, não levanta placa de filho da puta de político, não levanta placa de filho da puta de veado. A igreja de Jesus Cristo só levanta a sua própria placa, porra", acrescentou.

Lores já foi preso por intolerância religiosa, em 2009. Em março deste ano, ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal após pedir em um de seus cultos um "massacre" de judeus.