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Brasil
Invasores destroem várias obras de arte durante ato antidemocrático
Bolsonaristas deixaram vários rasgos em um Di Cavalcanti, avaliado em R$ 8 milhões
Além de promover o ato golpista com invasão aos Três Poderes, depredando vidros, ateando fogo e invadindo a sala da mais alta corte do Supremo Tribunal Federal (STF), os bolsonaristas danificaram várias obras de artistas brasileiros. Entre eles, está um Di Cavalcanti, avaliado em R$ 8 milhões.
A pintura ‘Bandeira do Brasil’, em acrílico sobre MDF, do artista Jorge Eduardo, de 1995, foi encontrada boiando na água. Terroristas destruíram também um relógio do século 18 que foi trazido para o Brasil com a família portuguesa. A peça ficava no terceiro andar, onde está localizado o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que só não foi danificado também, pois a porta tem um reforço a mais do que as outras salas.
A escultura ‘O Flautista’ de Bruno Giorgi também foi destruída. A peça de bronze foi feita em 1962, ficava em uma das salas do Congresso e era avaliada em R$ 250 mil. O Painel de Di Cavalcanti foi encontrado com vários rasgos em meio a cacos de vidro.
Já o Painel Araguaia, de Marienni Peretti, de 1977, que faz parte do acervo da Câmara dos Deputados também foi danificado.
Invasores danificaram um retrato de José Bonifácio, de autoria não identificada. A obra foi pintada na região do buço do histórico político brasileiro e também depredada. O bigode imitava o bigode usado pelo ditador Adolf Hitler.
A obra ‘Bailarina’ de Victor Brecheret foi retirada do local de onde estava e encontrada no chão.
O Quadro de Renan Calheiros foi destruído no Senado Federal com rasgos na região em que a face do político brasileiro foi pintada e também estava no chão.
O quadro ‘Galhos e Sombras’, de Frans Krajcberg, foi danificado durante a invasão.
A obra ‘Painel Vermelho’, de Athos Bulcão, que fica no Museu do Senado também foi danificada, com arranhões. De acordo com o Folha de S.Paulo, servidores responsáveis pela área de preservação do Senado disseram que, só 20 ml da tinta usada para a restauração da obra custa em torno de R$ 800.
Uma escultura produzida por Bulcão também foi danificada em ataques dos terroristas à Câmara dos Deputados.
Obra ‘Nitma’, de 2003, que representa um casal segurando um bebê estava no chão. " Vênus Apocalíptica", da artista Marta Minujín, foi jogada no chão do Planalto.
Um quadro de 1953, que retratava Marechal Rondon, engenheiro militar e sertanista, foi retirado da parede por bolsonarista durante a invasão.
Na praça dos Três Poderes, bolsonaristas depredaram a escultura ‘A Justiça’, de Alfredo Ceschiatti, amarraram uma bandeira do Brasil envolta do pescoço esculpido e escreveram na obra a seguinte frase: “Perdeu mané”.
