POR MORTE DE EX-PM
Irmã de Adriano da Nóbrega diz que Planalto ofereceu cargos
Escuta foi feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2020
Por Da Redação
A irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, Daniela Nóbrega, acusou o Palácio do Planalto de oferecer cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Pmerj) e ligado à família Bolsonaro pelo menos desde 2005.
O ataque está registrado em uma escuta telefônica feita Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ), no ano de 2020. Na gravação, Daniela afirma, a uma tia, que o irmão soube de uma reunião envolvendo o nome dele no Palácio e do desejo de que se tornasse um "arquivo morto".
A conversa aconteceu dois dias após a morte de Adriano numa operação policial em um sítio na cidade de Esplanada, no litoral norte da Bahia, no dia 9 de fevereiro daquele mesmo ano.
"Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo", disse Daniela na gravação autorizada pela Justiça e qual o jornal Folha de S.Paulo teve acesso.
A registro faz parte das escutas realizadas pela polícia no âmbito da Operação Gárgula, que miraram o esquema de lavagem de dinheiro e a estrutura de fuga de Adriano.
Por mais de um ano, a corporação ouviu conversas de familiares, amigos e comparsas do ex-PM. Daniela não é acusada de envolvimento nos crimes do irmão.
O Palácio do Planalto e a defesa de Daniela não se posicionaram sobre o conteúdo das escutas.
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