RIO DE JANEIRO
Irmão de governador do RJ é alvo em operação da PF; entenda
Cláudio Castro não é alvo de buscas nesta quarta, mas é investigado
Por Da Redação
Irmão de criação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), Vinícius Sarciá Rocha foi alvo nesta quarta-feira, 20, da Operação Sétimo Mandamento, da Polícia Federal (PF), que investiga possíveis fraudes em quatro programas assistenciais do estado.
Ao todo, três mandados de busca e apreensão foram emitidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e cumpridos pelas equipes policiais. O governador Cláudio Castro não é alvo de buscas nesta quarta, mas é investigado.
Além de Sarciá, também sofreram buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae.Os nomes foram revelados pelo Blog da Andréia Sadi.
O irmão do governador carioca é presidente do Conselho de Administração da Agência Estadual de Fomento (Agerio). Segundo a PF, além de envolver o pagamento de propina nos contratos, os investigados direcionavam os projetos para seus redutos eleitorais.
Ainda de acordo com a PF, os crimes envolveram a execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, entre os anos de 2017 e 2020. As investigações identificaram que a organização criminosa penetrou nos setores públicos assistenciais no Rio de Janeiro, fraudando licitações e contratos.
Havia, segundo as investigações, desvio de verbas públicas e o pagamento de propina aos envolvidos, com valores entre 5% e 25% do total dos contratos na área de assistência social, os quais totalizam mais de R$ 70 milhões.
A PF não informou se as fraudes eram realizadas na prefeitura do Rio ou no governo do estado e destacou que as investigações seguem em sigilo.
Em 2019, no entanto, a operação Catarata, do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil, já havia tido como alvos esses mesmos projetos sociais, que teriam sido usados para fraudes em licitações entre 2013 e 2018. Na época, as investigações envolveram tanto uma fundação estadual (Leão XIII), de 2015 a 2018, quanto duas secretarias municipais da capital, de 2013 a 2017.
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