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Jovem goiana dá à luz a gêmeos de pais diferentes

"Nunca imaginei que veria um caso desse na minha vida", disse médico que acompanhou gestação

Da Redação

Por Da Redação

06/09/2022 - 18:12 h
Segundo médico, este seria o 20º registro no mundo da chamada superfecundação heteroparental
Segundo médico, este seria o 20º registro no mundo da chamada superfecundação heteroparental -

Uma jovem de 19 anos deu à luz a dois meninos gêmeos de pais diferentes. Extremamente raro, o caso aconteceu em Mineiros, no sudoeste de Goiás. A mulher se relacionou com dois homens no mesmo dia e engravidou dos dois.

"Eu fiquei surpresa com os resultados. Não sabia que isso podia acontecer. Eles são muito parecidos", contou a jovem, que não se identificou, ao g1.

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De acordo com a publicação, Túlio Jorge Franco, médico que acompanhou a mulher, este seria o 20º registro no mundo da chamada superfecundação heteroparental. Ele, que divulgou o caso nesta semana, explica que a situação pode acontecer quando dois óvulos da mesma mãe são fecundados por homens diferentes. Apesar de compartilharem o material genético da mãe, eles crescem em placentas diferentes.

Segundo a mãe dos meninos, os filhos são muito parecidos, mas surgiram dúvidas em relação às paternidades. Quando os bebês tinham oito meses de idade, ela fez exames de DNA com um dos pais, mas o resultado deu positivo apenas para um filho.

Com isso ela refez os exames, que confirmou a paternidade de apenas uma das crianças. "Eu lembrei que havia tido relação com outro homem e chamei ele para fazer o exame, que deu positivo", conta a mãe.

Ainda de acordo com a jovem, o pai de um deles assumiu os dois meninos e fez os registros no cartório. "Ele cuida dos dois, me ajuda muito a criar e dá todo o suporte necessário que eles precisam", disse.

"A gestação foi super tranquila, sem nenhuma intercorrência. Os meninos nasceram saudáveis e nunca tiveram problemas de saúde", afirmou o médico Túlio Franco.

Por se tratar de uma raridade, o profissional e seus alunos estudam o caso para transformá-lo em um artigo científico, que pode ser publicado em revistas nacionais e até internacionais.

"É extremamente raro. Acontece um em um milhão. Nunca imaginei que veria um caso desse na minha vida", afirmou o médico.

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