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Justiça determina cela especial para Monique, mãe de Henry

Formada em pedagogia, a suspeita de participar da morte do filho tem direito a acomodação individual

Publicado sexta-feira, 08 de julho de 2022 às 20:11 h | Autor: Da Redação
Defesa de Monique Medeiros pede que ela volte à prisão domiciliar. Justiça concedeu cela individual
Defesa de Monique Medeiros pede que ela volte à prisão domiciliar. Justiça concedeu cela individual -

A professora Monique Medeiros, que responde processo por envolvimento na morte do filho, Henry Borel, ocorrida em 8 de março do ano passado, vai ser transferida para uma cela individual. A decisão é do titular da Vara de Execuções Penais, Marcello Rubioli, por determinação do desembargador da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio d Janeiro, Joaquim Domingos de Almeida Neto.

Monique, por ser formada em pedagogia, tem direito a cela especial. Enquanto a unidade cria o novo espaço com segurança para acatar a ordem judicial, a mãe de Henry continua no xadrez do Instituto Penal Santo Expedito (ISE), no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Ela já está na unidade prisional desde a semana passada, dividindo cela com mais oito detentas, entre elas, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, mulher do sargento reformado da PM Ronnie Lessa, réu no homicídio da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

No Santo Expedito, unidade destinada a presos com nível superior, a única pessoa que fica numa carceragem sozinha é a delegada Adriana Belém, presa por suspeita de envolvimento com a quadrilha do contraventor Rogério de Andrade. Belém, inclusive, já se envolveu numa discussão com Monique dentro da cadeia.

Quando a delegada viu a mãe de Henry na cela dela, enquanto aguardava a decisão da direção do instituto penal para onde iria alocá-la, Belém fez um escândalo. Aos berros, a delegada alegou que o local era destinado a policiais. Como a unidade não tem celas individuais, a Seap está adaptando uma sala, a exemplo do que foi feito com Belém, para acautelar a detenta.

Em abril, a juíza da 2ª Vara Criminal, a juíza Elizabeth Machado Louro, havia decidido que Monique deveria ser solta, mas fizesse uso de uma tornozeleira eletrônica. Na época, Louro manifestou, em sua decisão, preocupação com supostas ameaças sofridas pela mãe de Henry dentro da cadeia e diz que a manutenção da prisão "não favorece a garantia da ordem pública".

Na semana passada, a professora retornou à prisão por determinação dos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Na ocasião, os advogados de Monique, Thiago Minagé e Hugo Novais, informaram ao GLOBO que entraram com um novo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça em favor da cliente deles.

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